Explosivo detona em agência bancária durante varredura feita por policial de esquadrão antibombas
Um artefato explodiu durante uma varredura realizada pela Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, na manhã desta sexta-feira (2), em uma agência bancária da Caixa Econômica Federal na Taquara, Zona Oeste do Rio. Um agente do esquadrão antibombas da Core estava dentro do banco no momento da explosão. Ainda não há informações oficiais sobre seu estado de saúde.
O policial tinha entrado na agência cerca de cinco minutos antes do incidente, para procurar explosivos no local. Ele usava uma roupa especial para esse tipo de varredura. O agente saiu da agência desorientado e precisou ser amparado por outros policiais. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não tinha ferimentos aparentes. Os bombeiros o levaram para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Antes da entrada do policial, uma varredura tinha sido feita com um robô.
Criminosos explodiram, na madrugada desta sexta-feira, duas agências bancárias no bairro da Taquara, em Jacarepaguá. O ataque aconteceu por volta das 4h a uma unidade da Caixa Econômica Federal e a outra do Santander, ambas localizadas na Estrada do Tindiba.
Segundo a PM, houve confronto quando policiais militares do 18º BPM (Jacarepaguá) estavam em patrulhamento e ouviram disparos de arma de fogo na região. Na Estrada do Tindiba, as equipes se depararam "com carros tentando bloquear a via e indivíduos que efetuaram disparos de arma de fogo contra os policiais, ocorrendo reação". As equipes localizaram e apreenderam R$ 450 em espécie, além de um saco contendo objeto perfurante em forma de cruz retorcida ("miguelito"). Não houve prisões.
Ainda não há informações sobre feridos, nem se os criminosos conseguiram levar alguma quantia. A Polícia Federal foi acionada para ir até o local. O Esquadrão Antibombas chegou às 9h.
Um morador que preferiu não se identificar e que mora no bairro há mais de 25 anos, disse que estava chegando do trabalho por volta de 3h, quando desceu na Praça Jauru, próximo de onde aconteceu a explosão, e ouviu barulhos de tiros e bombas.
— Moro aqui há mais de 25 anos e nunca vi isso na minha vida. A gente chega do trabalho cansado e tem que passar por esse susto. Era muito tiro, o barulho foi absurdamente alto. Pior é que isso prejudica nós moradores, né? Essa agência era ótima pra gente. Aqui a segurança está precária — lamentou.
A pouco mais de 50 metros da agência do Santander, há uma cabine da Polícia Militar. Uma comerciante que tem uma loja do lado do banco disse à reportagem que não vê nenhum agente no local.
— Tenho esse empreendimento há bastante tempo e não vejo policiamento. Quando essa agência abriu eu fiquei bem apreensiva porque sei que os bandidos às vezes fazem isso. Aqui está largado, mas não temos para onde correr — relata.
Nas redes sociais, moradores relataram que o clima no bairro era de guerra.
“Acordar 3h45, com som de tiro e bomba na Taquara e não conseguir mais dormir. Estou na Rio Grande e pelo som parece que é aqui do lado”, disse uma mulher.
“Os caras com armas pesadas e uma bomba que tremeu tudo aqui na Jauru-Taquara”, afirmou um rapaz.
Fonte: O Globo