Butantan irá produzir CoronaVac sem depender de insumo da China em dezembro, diz Doria

Butantan irá produzir CoronaVac sem depender de insumo da China em dezembro, diz Doria
Coletiva de imprensa na sede do Butantan — Foto: Reprodução/TV Globo

O Instituto Butantan deverá produzir a CoronaVac sem depender da matéria-prima importada da China ainda em dezembro deste ano, segundo informou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em coletiva de imprensa na sede do Instituto nesta terça-feira (23).

De acordo com o governador, a obra da fábrica que permitirá a produção nacional do imunizante, desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto, será finalizada em outubro.

Após aprovação do espaço e transferência da tecnologia, o Butantan tem condições de assumir a produção industrial do imunizante. Doria estima que o processo seja concluído até o final do ano.

Atualmente, o instituto importa o insumo e fica responsável pelo envase, que é a etapa final de produção.

“Nós temos aí dezenas de funcionários trabalhando em jornadas de dez horas por dia para colocar a fábrica em conclusão até o mês de outubro. Em outubro, novembro, e dezembro, as instalações dos equipamentos serão feitas e ainda em dezembro deste ano termos a primeira dose da vacina do Butantan 100% produzida no Brasil. E a partir de janeiro, em escala evolutiva, para a produção industrial da vacina”, disse o governador.

Doria acompanhou o carregamento dos caminhões com 1,2 milhão de doses da vacina, que serão entregues nesta terça ao Ministério da Saúde. O montante faz parte das 3,9 milhões de doses que o Instituto Butantan entrega nesta semana ao governo federal.

Segundo o governo paulista, na quarta (24), serão entregues mais 900 mil frascos da vacina. No dias 25, 26 e 28 de fevereiro ainda estão previstas liberações de 600 mil doses diárias.

SP e mais 30 milhões de doses ao governo federal

Durante a coletiva desta terça (23), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que após finalizar a entrega das 100 milhões de doses previstas em dois contratos firmados com o governo federal, o instituto terá condições de entregar as 20 milhões de doses solicitadas pelo governo paulista para vacinar toda a população de São Paulo, conforme prometido pelo gestão de João Doria, e as 30 milhões de doses pedidas na semana passada pelo Ministério da Saúde.

“Doses adicionais poderão ser produzidas a partir de agosto. Terminando a entrega das 100 milhões [de doses] nós poderemos produzir as 20 milhões de São Paulo e as 30 milhões do Ministério e, eventualmente, ampliar essa solicitação”, disse Dimas Covas.

Fonte: G1 SP — São Paulo