Australiano terá de compensar polícia por forjar sequestro para passar réveillon com outra mulher
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Um homem australiano, identificado como Paul Iera, de 35 anos, terá que compensar a polícia de Nova Gales do Sul (NSW, na sigla em inglês) em pouco mais de US$ 10 mil por ter mobilizado mais de 200 horas da corporação em um caso de sequestro falso — o que, para o juiz da cidade, Michael Ong, foi “motivado pela razão menos convincente com a qual ele já cruzou”, informou a BBC News. Iera, que mora em Wollongong, queria passar a festa de Réveillon com outra mulher, em vez da sua esposa
O homem teria saído de casa por volta de 23h45 do dia 31 de dezembro alegando à parceira, que não teve a identidade revelada, que iria encontrar um “cara do financeiro”, informou o jornal Daily Mail. Poucas horas depois, segundo a reportagem, a mulher recebeu mensagens de uma pessoa que afirmava ter sequestrado Iera.
Do outro lado da tela, organizando e enviando os textos, estavam o próprio Iera e a outra mulher, que se tratava de uma trabalhadora do sexo. Na mensagem, o casal agradece por ter “enviado Paul” e disse que ele seria mantido como refém “até de manhã”.
Como resgate, deveria ser entregue a motocicleta antiga do homem, avaliada em US$ 7 mil. A mensagem também informava que ninguém machucaria a suposta vítima: “dou a minha palavra”, escreveu o falso sequestrador.
Preocupada com a segurança do parceiro, a mulher entrou imediatamente em contato com a polícia, que encontrou o agora réu dentro da sua van, em sua cidade natal Dapto, na manhã seguinte. À polícia, segundo o jornal britânico, o homem alegou que havia sido sequestrado por “homens desconhecidos do Oriente Médio”.
A mentira foi descoberta 12 dias depois, após a polícia, a partir de imagens de câmeras de segurança, ter visto Ieran com a trabalhadora do sexo. O caso mobilizou 200 horas do trabalho da polícia de NSW, além de US$ 16,2 em gastos com salários e para obtenção de conversas telefônicas gravadas, segundo a mídia local, citada pela BBC.
Iera foi preso em janeiro, acusado de falsa acusação com a intenção de culpar outra pessoa, informou o jornal britânico. A pena para este tipo de crime é de 7 anos de prisão. Ele ainda foi declarado culpado em outras três acusações: porte ilegal de armas, uso de arma proibida sem licença e munição sem licença.
pesar de ter conseguido evitar a pena, o homem foi condenado a cumprir três anos de ordem de correção comunitária (CCO, na sigla em inglês) e 350 horas de serviço comunitário, além da compensação à polícia, no valor de US$ 10,3 mil.
O advogado de defesa de Iera, Abbas Soukie, disse estar “satisfeito” por ter evitado a prisão de seu cliente, de acordo com o jornal local, citado pela BBC. Ele também informou que o réu registrou um “tremendo progresso na reabilitação” desde o crime e que, além de continuar contando com o “apoio da família e da mulher”, ele deseja “seguir em frente com sua vida”.
Fonte: Extra