Corpo encontrado em geladeira é do advogado e jornalista Celso Adão

Corpo encontrado em geladeira é do advogado e jornalista Celso Adão
O corpo é do advogado e jornalista gaúcho, Celso Adão Portella (Foto: Arquivo Pessoal)

O corpo encontrado dentro de uma geladeira de um apartamento no bairro Suissa, é do advogado e jornalista gaúcho, Celso Adão Portella. A confirmação foi divulgada na manhã desta quinta-feira, 28, pela Secretaria de Segurança Pública (SSP/SE).

O corpo foi encontrado por oficiais de justiça durante cumprimento de uma ordem de despejo em avançado estado de putrefação.

De acordo com a SSP, após a localização da ossada, o corpo foi recolhido e encaminhado ao IML, onde foram iniciados os processos de identificação e confirmação da identidade da vítima. O diretor do IML, Victor Barros, explicou que embora houvesse documentos de Celso Adão no local, era preciso atuar com metodologia científica para confirmar a identidade da vítima. “Apesar das pessoas já terem a afirmação, a perícia trabalha com metodologia científica”, ressaltou.

No processo de antropologia forense, foram considerados diversos fatores baseados em metodologia científica, assim como detalhou a perita odonto-legista, Suzana Maciel, do IML. “Trata-se de um corpo antropológico, em avançado estado de putrefação. O corpo tinha partes de tecido mole putrefatas, mas a maior parte era de esqueleto. Por isso, demos um tratamento especial, pois não se trata de uma necropsia tradicional”, relatou.

No processo de antropologia forense, Suzana Maciel narrou que foram conferidos elementos relacionados ao biotipo da vítima. “Tabalhamos os ossos que contam uma história daquele individuo, chegando ao sexo. Se tratava de ossada masculina e estimamos um intervalo de idade, estatura e afinidade corporacional com a registrada no Rio Grande do Sul. Também utilizamos informações médicas de um procedimento cirúrgico no joelho da vítima”, complementou a perita odonto-legista.
 

Causa da morte 

Ainda não há informações sobre o que teria causado a morte de Celso Adão Portela (Foto: Portal Infonet)
Ainda não há informações sobre o que teria causado a morte de Celso Adão Portela, a equipe de perícia do Instituto Médico Legal (IML) e a Criminalística estão em fase de teste para identificar a substância utilizada para preservação do corpo e causa da morte.

“A ossada conta uma história, principalmente em mortes de natureza violenta, traumática, elas podem deixar um vestígio, mesmo que o tempo já tenha passado. Por isso foi necessário esse prazo inicial para limpeza, uma limpeza detalhada, para que aqueles pequenos vestígios possam ser analisados, também juntamente com as radiografias, que são realizadas lá no Instituto. A gente vai em busca de fraturas, manchas que se impregnam de sangue no osso”, explica o Diretor do IML Victor Barros.

Sobre a possibilidade de morte causada por substâncias, a odontolegista Suzanna Maciel comenta que o corpo ainda possui tecidos que podem ser submetidos à análises. “É isso que a gente está aguardando também, nós retiramos algumas amostras, de alguns tecidos que ainda conseguimos alguma informação e aí solicitamos pesquisa de veneno, de possíveis tóxicos que podem ter sido usados, porque temos que pensar em todas as possibilidades”, conta.

Ainda de acordo com a odontolegista, não é possível estimar um prazo para a conclusão dos laudos periciais, uma vez que depende das análises minuciosas dos materiais biológicos.


FONTE:Beatriz Fernandes e Aisla Vasconcelos/ Infonet