Theodoro Cochrane diz que, por um tempo, foi insuportável ser filho de Marília Gabriela; entenda
O ator, entrevistador, youtuber, DJ, figurinista e influenciador digital Theodoro Cochrane, de 44 anos, foi entrevistado pela mãe, Marília Gabriela, no Gabi de Frente de Novo, no YouTube. Durante o papo, ele falou sobre como se traduz hoje em dia. "Eu sou uma pessoa em constante busca, diagnosticado com distúrbios psíquicos: ciclotimia, depressão. Ciclotimia é uma oscilação de humor, é uma espécie de bipolaridade um pouco light. Eu parei de beber faz uns sete, oito, não, nove, dez meses... Já estou celebrando! Para inclusive saber o que eu tinha, que eu tinha oscilações muito grandes de humor, você deve estar acostumada, né? Lidou com isso algumas vezes...", contou.
Theodoro disse que parou de beber por orientação médica. "E aí minha psiquiatra e meu psicólogo falavam que eu tinha que parar de beber. Ficar limpo de tóxicos para saber o quê que eu tinha e descobri, na abstinência, que está me fazendo muito bem, que eu tinha mesmo era depressão, que eu acho que muita gente teve, muita gente tem. E aí agora eu estou me cuidando", explicou.
Em outro momento da entrevista, Marília perguntou ao filho: "Você já declarou em uma entrevista que durante um bom tempo foi insuportável ser meu filho. Você superou isso e você poderia explicar por que era tão difícil?". Ele então explicou: "Então, mas é bom que você já foi para frente do que rolou. Aí eu tive esse momento de: 'nossa, você é maravilhosa, você é maravilhosa em tudo'. Chega uma hora que eu vou me influenciar nisso, querer ser ator, querer ser diretor, querer trabalhar com as artes, ser sempre uma pessoa comunicativa, ser orador de colégio e ser muito enaltecido por isso, ter uma mãe e um pai que de alguma forma estragaram porque elogiaram muito. A gente acha que a gente é maravilhoso e a gente não é tão maravilhoso assim", argumentou.
"Isso é em função social dos pais, é estragar com elogios seus filhos?", destacou Marília. E Theodoro continuou seu raciocínio. "Aí a gente entra no mercado de trabalho e eu realmente comecei a sentir o preconceito de... Eu tinha as portas abertas, sempre tive portas abertas, conheci muita gente, mas essa porta não me permitia entrar necessariamente nos lugares. Eu sentia que exigia... as pessoas já tinham um preconceito de ser filho, sempre ser uma pessoa que nunca fez nada, nunca estudou, sempre teve tudo de bandeja. Sim, eu tive muitas coisas. Eu tive uma boa educação, eu tive... conheci pessoas interessantes, mas eu sempre fui muito CDF e por isso sempre quis mostrar que eu faço as coisas muito, de uma forma muito correta para conseguir chegar perto da excelência que você sempre fez tudo na tua vida", afirmou.
Fonte: Quem News/Globo.com