Em ato, servidores dizem que estão há oito anos sem reajuste salarial
Em mais uma agenda de manifestação, centrais sindicais se reuniram na manhã desta segunda-feira, 20, em frente ao Palácio dos Despachos, sede do governo estadual. Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), os servidores públicos estaduais estão há oito anos sem reajuste salarial. Ainda de acordo com a CUT, ao longo desse tempo sem revisão do salário, a categoria perdeu mais de 50% do poder de compra. O ato também contou com o apoio do Movimento Polícia Unida (MPU).
“O Governo de Sergipe vem impondo uma campanha de desvalorização do salário dos servidores nunca vista. É uma política de oito anos sem valorização salarial”, destaca o presidente da CUT, Roberto Silva. “E ainda no caso dos servidores aposentados, além da perda salarial, uma redução mensal de 14%”, acrescenta.
Diante desse cenário, Silva afirmou que a manifestação pretende quebrar o silêncio do governador sobre a situação que os servidores estão passando. “Quando nós intitulamos esse Governo de ‘sanguessuga’ é porque ele está sugando os servidores que prestam serviço. Desse modo, o Governo não está valorizando os servidores”, relata.
Na visão do sindicalista, não há uma justificativa convincente para que o governador não conceda aos servidores públicos um reajuste salarial que restaura as perdas inflacionárias que a categoria teve ao longo de quase uma década. “Não há nada que impeça o Governo de conceder um reajuste aos trabalhadores, ou ainda, adotar uma política efetiva de valorização da categoria. Segundo estudos do Dieese, a receita do Governo de Sergipe aumentou 25% ”, avalia.
Governo de Sergipe
Em comunicado, a Superintendência de Comunicação informou que há mais de sete anos vem pagando o salário dos servidores dentro do mês e honrando com o pagamento do décimo terceiro dentro do ano trabalhado e antecipando a primeira parcela do benefício no mês de aniversário do trabalhador.
“Em relação aos novos avanços, o Governo instalou na última quinta-feira,16, uma mesa permanente de negociações para ouvir e dialogar com as diversas categorias, a exemplo dos servidores públicos. Especificamente sobre a periculosidade, os policiais já recebem incorporado ao subsídio desde 2016. O governo permanece à disposição para dialogar sobre qualquer outra reivindicação do movimento”, destaca.
Fonte: João Paulo Schneider/Infonet