Rendimento da população em Sergipe reduziu em 11% entre 2020 e 2021

Rendimento da população em Sergipe reduziu em 11% entre 2020 e 2021
Em Sergipe, 57,8? população tinha rendimento advindo de todas as fontes, porém, somente em 36% esse rendimento era habitualmente recebido em todos os trabalhos. (Foto: Sara Florêncio)

O rendimento da população em Sergipe reduziu em 11% na passagem de 2020 para 2021. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD, do IBGE.

Para o cálculo dos indicadores, são considerados os dados acumulados de primeira entrevista, entre 2012 e 2019, e os de quinta entrevista em 2020 e 2021, devido ao melhor aproveitamento da amostra desta durante o período de pandemia do novo coronavírus.

O rendimento médio mensal real da população residente em Sergipe em 2021, foi de R$1.596. Isso representa uma redução de 11% na comparação com 2020 (R$1.795). No início da análise (2012), o rendimento era de R$ 1.784. O rendimento registrado em 2021 foi o menor desde o início da série histórica em 2012.

Em âmbito nacional, esse rendimento foi de R$ 2.265, sendo que o estado do Maranhão registrou o menor rendimento do país, com R$ 1.270.

Rendimento advindo de outras fontes reduz após o período pandêmico de 2020

No primeiro ano da pandemia de COVID-19 (2020), observou-se a redução do peso do trabalho e aumento de outras fontes de rendimento, no entanto, entre 2020 e 2021 o movimento foi o oposto. A tendência de aumento da parcela correspondente ao rendimento do trabalho e queda do peso do rendimento de outras fontes ocorreu em todas as Grandes Regiões.

Vale ressaltar que os rendimentos considerados como de outras fontes, representam a categoria de aposentadoria e pensão, aluguel e arrendamento, doação, dentre outros. Em Sergipe, 57,8% da população tinha rendimento advindo de todas as fontes, porém, somente em 36% esse rendimento era habitualmente recebido em todos os trabalhos. Outro detalhe é que em 29,1% das pessoas, o rendimento provém de outras fontes (aposentadoria e pensão, aluguel e arrendamento, doação).

É importante ressaltar que em um período anterior à pandemia (2019), 12,6% era o percentual de pessoas com rendimento vindo de outros rendimentos, como é o caso de pessoas que recebem programas do Governo. Esse percentual saltou para 19% em 2020, no auge da pandemia, e voltou a reduzir-se em 2021, com 16,4%.

Em 2021, reduz o número de pessoas que receberam auxílio de programas governamentais

Em relação a todos os trabalhos, o rendimento chegou a R$1.802 em Sergipe no ano de 2021. Em 2020 era de R$1.967 e antes da pandemia, em 2019, R$1.777. Ou seja, também foi um rendimento que apresentou redução na passagem entre os anos de 2020 a 2021.

Em Sergipe, observou-se que 19,1% dos domicílios (ou 149 mil) receberam bolsa família em 2021, na comparação com 30,3% em 2019 e 15% em 2020. Como parte dos beneficiários do Programa Bolsa Família passou a receber o auxílio emergencial, entre 2019 e 2020 houve redução da proporção de domicílios que recebiam tal benefício.

Além disso, o percentual de domicílios que receberam rendimentos de outros programas sociais chegaram a 26,6% (ou 207 mil) em 2021. Esse percentual é menor se comparado a 2020 (33%). Na análise nacional, o estado da Paraíba registrou o maior percentual de domicílios que receberam rendimentos de outros programas sociais (27%) e o menor foi registrado em Santa Catarina, com 5,8%.

O BPC foi o único rendimento que permaneceu estável nos últimos 3 anos, chegando a 4,6% em 2021, no estado de Sergipe. Essa estabilidade ocorreu em nível nacional.

Fonte: Ascom/IBGE