Prefeitura de SP começa a fiscalizar passageiros no aeroporto de Congonhas para tentar barrar variante indiana da Covid

Prefeitura de SP começa a fiscalizar passageiros no aeroporto de Congonhas para tentar barrar variante indiana da Covid
Passageiro vindo de Salvador é abordado ao desembarcar em Congonhas — Foto: Reprodução/TV Globo

A Prefeitura de São Paulo começou nesta quinta-feira (27) uma operação de fiscalização para verificar passageiros que desembarquem no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital, com suspeita de Covid-19.

O objetivo é tentar organizar barreiras sanitárias no terminal e evitar a entrada e disseminação da variante indiana da doença.

Os passageiros são orientados a passar pelos agentes de saúde, mas não são obrigados a aceitar responder às questões ou permitir que a temperatura seja aferida. A ação é feita em parceria com a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A fiscalização foi implementada na lateral esquerda nas proximidades da área de desembarque, das 7h às 23h.

São realizadas ações de prevenção e orientações no combate à Covid-19 para tentar conter o contágio pelas novas variantes, em especial a cepa indiana.

Caso alguém seja identificado com sintomas de infecção do novo coronavírus, será encaminhado para a Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Aeroporto - Doutor Massaki Udihara, a cerca de 900 metros do local, onde será realizado o teste. O transporte será feito com ambulância da rede municipal.

Segundo os agentes de saúde, o tempo médio para liberação do resultado é de 72 horas.

De acordo com o prefeito, Ricardo Nunes (DEM), o município tem 30 quartos de hotel reservados para que as pessoas que tenham sintomas possam ficar isoladas.

Rodoviárias

Também está sendo feita uma barreira sanitária, com ações de prevenção, em dois terminais rodoviários da capital.

De acordo com balanço da gestão municipal, nesta quarta (26), 129 passageiros abordados foram abordados.

No Terminal Rodoviário do Tietê, às 13h, chegou um ônibus vindo de Belém, no Pará, com 10 passageiros, dos quais dois haviam passado pelo Maranhão, onde seis casos de contaminação pela variante indiana foram identificados.

Os passageiros preencheram um questionário, tiveram as temperaturas conferidas e não apresentaram sintomas nem histórico de contato com pessoas com sintomas gripais.

Já no Terminal Rodoviário do Jabaquara foram abordados 119 passageiros de seis ônibus. Nenhum deles apresentou sintomas gripais ou respiratórios. A partir desta quarta-feira (26), no Terminal Rodoviário da Barra Funda, os passageiros também receberão orientações por parte das equipes de saúde.

Cepa indiana no Brasil

A variante indiana do coronavírus, chamada de B.1.617, foi identificada em um passageiro de 32 anos que desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos no dia 22 de maio. Ele é de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, e o diagnóstico foi confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

As informações foram divulgadas pelo governo estadual na manhã desta quarta-feira (26). Com a confirmação, sobe para sete o número de pessoas contaminadas pela variante no país.

Os outros seis são passageiros que chegaram ao Maranhão a bordo do navio MV Shandong da Zhi, atracado no litoral do estado. Há ainda outros três casos suspeitos no Distrito Federal, no Espírito Santo e em Minas Gerais.

Ainda de acordo com o governo paulista, não há registros de um caso autóctone (contaminação local) da variante indiana no estado.

Fonte: G1 SP — São Paulo