Piloto de folga que tentou desligar motores de avião em voo nos EUA diz que havia consumido cogumelos psicodélicos
No domingo (22), um voo da Alaska Airlines com destino a San Francisco, nos Estados Unidos, foi desviado para Portland, uma outra cidade do país, depois que um passageiro, um piloto que não estava em serviço tentou desativar os motores da aeronave.
De acordo com uma reportagem do "New York Times" desta terça-feira (24), o homem disse aos investigadores que ele teve um colapso nervoso e que tinha consumido cogumelos psicodélicos.
O homem afirmou que tem uma depressão que já dura cerca de 6 meses, e que quando embarcou no voo no domingo estava sem dormir havia 40 horas.
Segundo os documentos do caso, ele afirmou que essa foi a primeira vez que ele ingeriu cogumelos que têm esse tipo de efeito. Ele declarou que pensava que estava sonhando, e que puxou as hastes que ativam o mecanismo de emergência porque essa seria uma forma de acordar.
Relembre o caso
O voo era da Alaska Airlines e foi desviado no domingo após os pilotos relatarem uma ameaça crível à segurança, relacionada a um piloto companhia fora de serviço que viajava no assento auxiliar da cabine de comando, disse a empresa aérea.
A Administração Federal de Aviação (FAA, em inglês) disse às companhias aéreas em um aviso visto pela Reuters que o indivíduo tentou desativar os motores do jato regional Embraer 175 ao acionar o sistema de supressão de incêndio e acrescentou que a tripulação conseguiu subjugar o indivíduo e removê-lo da cabine de comando. Os motores não chegaram a ser desativados, disse a Alaska.
O acusado, um homem de 44 anos, recebeu 83 acusações de tentativa de homicídio e de colocar um avião em perigo.
A FAA disse às companhias aéreas que o incidente "não está conectado de forma alguma aos eventos mundiais atuais", mas disse que "é sempre uma boa prática manter a vigilância".
É comum que os pilotos fora de serviço sentem-se em assentos auxiliares para voltar para casa ou para uma futura missão de voo.
A Alaska Airlines disse que todos os passageiros a bordo puderam viajar a seus destinos em um voo posterior.
Fonte: G1