Museu da Gente fará homenagem à Maria Feliciana na sexta, 27
Espaço dedicado à exaltação da gente sergipana e todo seu talento, identidade e sergipanidade, o Museu da Gente Sergipana Governador Marcelo Déda é uma grande homenagem àqueles que vivem, cantam, dançam, recitam, pintam e com orgulho projetam Sergipe pelo Brasil e pelo mundo. É a casa de grandes artistas e de gente comum, dos reconhecidos e dos desconhecidos, dos que nasceram aqui e dos que escolheram Sergipe como sua morada. É a memória sobre os que partiram e a vitrine para os que permanecem.
É o lugar onde se conhece o desconhecido e onde se lembra do esquecido, é onde reconhecimento gera pertencimento. No Museu da Gente, a homenagem é póstuma, mas também é em vida. E para celebrar a existência de uma gigante, não só em estatura, mas em força de mulher nordestina, o Instituto Banese, através do Museu da Gente Sergipana, homenageará Maria Feliciana dos Santos. O evento acontecerá às 10h da próxima sexta, dia 27, data em que será comemorado seu aniversário de 76 anos de vida.
Considerada durante décadas a mulher mais alta do mundo, Feliciana alcançou fama pelos seus diferenciados 2,25m de altura. Aos 18 anos, conquistou o título de ‘Rainha da Altura’ no famoso Programa A Hora da Buzina, do Chacrinha, quando recebeu faixa e coroa das mãos do ator e comediante Grande Otelo e do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, com quem viajou em uma turnê, também na companhia do cantor Dominguinhos. E com o cantor sergipano Josa, O Vaqueiro do Sertão, Feliciana fez diversas apresentações.
Sua trajetória é marcada por representar Sergipe pelo Brasil afora como artista de circo, de cinema e televisão. Foi também cantora do Trio Sergipano e atleta da Seleção Brasileira de Basquete.
Diante de tantos préstimos ao Estado, a homenagem é justa, como destaca o Diretor-superintendente do Instituto Banese, Ezio Déda. “No menor estado do Brasil nasceu a mulher considerada a mais alta do mundo durante décadas. O legado de Maria Feliciana é o de uma sergipana que fez fama e percorreu o país levando sua simplicidade e seu sorriso, por isso nada mais justo que uma história importante como essa esteja no Museu da Gente Sergipana. É na verdade uma história que o Instituto Banese, através do museu, faz questão que seja vista e vivenciada”, conta Ezio.
A homenagem será aberta ao público em geral e acontecerá na área externa do Museu da Gente Sergipana.
Doação
As homenagens tiveram início no dia 10 de maio, quando o Instituto Banese doou a Maria Feliciana uma maca móvel com elevação. O intuito é que o leito estofado facilite sua locomoção e lhe proporcione mais conforto. A entrega foi feita pessoalmente pelo Diretor-superintendente do Instituto Banese, Ezio Déda, durante visita à residência de Feliciana.
A doação é uma iniciativa de responsabilidade social voltada para a atual necessidade da sergipana cuja trajetória contribuiu com a história e a cultura de Sergipe, tornando-se uma figura pública e projetando o estado nacionalmente.
Maria Feliciana
Nascida em 1946, no município sergipano de Amparo do São Francisco, Maria Feliciana dos Santos é descendente de uma família marcada pela altura. Seu pai, Antônio Tintino da Silva, tinha 2,40m. Até seus 16 anos, Maria teve um crescimento considerado normal e a partir dessa idade cresceu de forma desproporcional, chegando a medir 2,25m. Casou-se com Assuires José dos Santos com quem teve três filhos: Charles Santos e Cleverton Santos, ambos com 2,10m, e a filha Chirles Santos, com 1,60m de altura.
Outro importante reconhecimento dedicado à sergipana ao longo de sua vida foi a utilização do seu nome no prédio mais alto de Sergipe e sede do Banese, o Edifício Estado de Sergipe, que passou a ser popularmente conhecido como Edifício Maria Feliciana.
Fonte: Ascom Museu da Gente Sergipana