Foguete em queda: China diz que probabilidade de danos é ‘extremamente baixa’
PEQUIM — A maioria dos destroços de um grande foguete chinês que deve voltar à atmosfera neste fim de semana será queimada na reentrada e é altamente improvável que qualquer dano seja causado, disse nesta sexta-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Wang Wenbin.
Wenbin disse que a China está acompanhando de perto a reentrada do foguete na atmosfera, e que a maioria de seus componentes será queimada na reentrada.
— A probabilidade deste processo causar danos é extremamente baixa — disse ele.
Os militares americanos afirmaram, na quarta-feira, que o que batizaram de "reentrada descontrolada" do foguete seria rastreada pelo Comando Espacial dos EUA.
O foguete 5B Longa Marcha decolou da ilha chinesa de Hainan em 29 de abril, carregando o módulo "Tianhe", não tripulado, que vai integrar a estação espacial chinesa, que deve ser concluída até o final de 2022.
A localização exata da descida do foguete na atmosfera da Terra conforme ele cai do espaço "não pode ser determinada até poucas horas após sua reentrada", que está prevista para ocorrer por volta de 8 de maio, informou o Comando Espacial dos EUA.
O astrofísico de Harvard Jonathan McDowell disse esta semana que havia uma possibilidade de que pedaços do foguete caíssem na superfície como em maio de 2020, quando pedaços de outro foguete chinês, o 5B Longa Marcha, "choveram" na Costa do Marfim, danificando edifícios.
McDowell disse que detritos potencialmente perigosos provavelmente escapariam da incineração depois de cruzar a atmosfera em velocidade hipersônica, e que cairiam no mar, já que 70% do mundo é coberto por oceanos.
Os destroços do Longa Marcha 5B provavelmente cairão em águas internacionais, informou o China Global Times na quarta-feira.
Com base em sua órbita atual, a trilha de destroços provavelmente cairá em algum lugar que pode ser tão ao norte quanto Nova York, Madri ou Pequim, e tão ao sul quanto o sul do Chile e Wellington, na Nova Zelândia, disse McDowell.
O lançamento do Tianhe foi a primeira das 11 missões necessárias para completar a estação espacial chinesa.
Fonte: Reuters