SES reforça a importância do pré-natal na prevenção do HIV/AIDS

SES reforça a importância do pré-natal na prevenção do HIV/AIDS
Data foi criada por movimentos sociais, para conscientizar a população mundial sobre o vírus HIV e a AIDS. (Foto: Ascom/SES)

Hoje, 07 de maio, é um dia alusivo às crianças soropositivas. A data foi criada pelos movimentos sociais, para conscientizar a população mundial de que o vírus HIV e a AIDS são realidades que também impactam a vida de crianças e adolescentes. As ações realizadas neste período, visam alertar sobre os cuidados que devem ser adotados para cuidar da saúde de meninos e meninas que já convivem com o vírus e prevenir grupos vulneráveis à infecção pelo HIV.

O médico Almir Santana, especialista em Saúde Pública e responsável técnico do Programa de IST, HIV/Aids e Hepatites Virais da SES, explica que diante da pandemia, as questões da AIDS não podem ser esquecidas. “A infecção pelo HIV pode atingir crianças e muita gente ainda não sabe disso. A gente usa essa data para relembrar, tanto a sociedade quanto os gestores, sobre os caminhos para reduzir os casos de HIV/AIDS em crianças”, destacou.

Para dar prosseguimento às ações de conscientização em tempos de pandemia, o médico afirmou que o Governo de Sergipe irá impulsionar conteúdos utilizando as redes sociais. “Normalmente, em Sergipe, a Secretaria de Estado da Saúde e parceiros realizam ações de solidariedade e de lazer dirigidas às crianças que vivem com HIV no nosso estado. Devido à pandemia da Covid-19, tais atividades de lazer não serão realizadas este ano”, esclarece.

Uma das causas apontadas pelo especialista para a infecção de crianças pelo HIV, são possíveis falhas no pré-natal, ou seja, no processo de acompanhamento médico da mulher durante a gravidez. “O serviço de pré-natal precisa ser melhorado, é preciso incentivar gestores e profissionais de saúde nesse sentido. A criança nasce com HIV, ou porque o diagnóstico foi tardio, ou ela fez o diagnóstico a tempo mas não fez o tratamento correto, ou as medidas de profilaxia usadas no parto não foram executadas. Cada caso novo de criança com HIV, é um indicador de falha do pré-natal”, destaca Almir Santana.

Para o médico, o preconceito em relação à criança ou adolescentes soropositivo reduziu ao longo dos anos, mas ainda existe. O profissional relata que já acompanhou casos em que escolas não quiseram receber o aluno com HIV. “A criança soropositiva tem direitos como qualquer outra e o direito à educação é um deles. Essa criança vai tocar a vida igual às outras, a diferença é o acompanhamento da saúde e o uso de medicamentos. Essa é uma realidade não somente para quem convive com o HIV ou AIDS, mas para outras doenças crônicas como diabetes, hipertensão etc.”, enfatiza.

Sobre a educação da criança e adolescente para a convivência com o vírus, o Almir Santana explica que “a criança soropositiva vai crescer recebendo orientações sobre os cuidados com a saúde e na fase da adolescência ela precisa ser orientada sobre o comportamento sexual”. Ele ressalta o importante papel da família em informar os filhos e filhas durante toda a infância e adolescência. “É uma realidade com a qual eles e elas vão ter que conviver. O tratamento deve ser realizado durante a vida toda e essa criança e adolescente pode compreender como se ajudar”, conclui o médico especialista.

O pré-natal deve começar assim que a mulher recebe a confirmação da gravidez. Todo o acompanhamento pode ser realizado através do Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: Ascom/SES