Biden anuncia medidas para combater a ômicron nos EUA
A Casa Branca anunciou nesta terça-feira (21) novas medidas que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai adotar para combater a variante ômicron do novo coronavírus no país.
As medidas incluem a compra de meio bilhão de testes rápidos, apoio de militares e envio de equipes para os estados de Arizona, Indiana, Michigan, New Hampshire, Vermont e Wisconsin, além da ampliação de locais de vacinação contra a Covid-19.
Os 500 milhões de testes rápidos serão enviados gratuitamente para as casas dos americanos que os solicitarem, por meio de um site, a partir de janeiro.
Em menos de um mês, a ômicron já se tornou a variante dominante nos EUA, responsável por 73% dos novos casos de Covid-19 do país. Na semana anterior, eram apenas 2,9% dos infectados.
O plano de Biden tem 3 eixos principais: aumentar o apoio federal a hospitais, ampliar o acesso dos americanos a testes grátis e expandir o número de centros de vacinação contra a Covid-19.
O presidente americano fará um pronunciamento à nação nesta terça sobre as medidas, que incluem o envio de equipamentos a hospitais — como roupas de proteção e respiradores — e a ampliação dos locais de vacinação e de testagem.
A Casa Branca diz no comunicado que as vacinas "são as ferramentas mais poderosas que temos — elas funcionam para proteger as pessoas de doenças graves e da morte, e as doses de reforço fornecem proteção ideal às pessoas".
"Embora os casos entre indivíduos vacinados provavelmente aumentem devido à ômicron, mais transmissível, as evidências até o momento são de que seus casos provavelmente serão leves", ressalta o governo americano. "Por outro lado, indivíduos não vacinados têm alto risco de contrair a Covid-19, adoecer gravemente e até morrer".
A Casa Branca diz que, graças às medidas já adotadas desde que Biden assumiu o cargo, em janeiro, 73% dos adultos americanos já estão completamente imunizados e o país está aplicando uma média de 1 milhão de doses de reforço por dia.
Covid-19 nos EUA
Biden tem enfrentado dificuldades (e críticas) no combate à pandemia nos EUA, um país em que a vacinação e o uso de máscaras viraram alvo de disputas políticas e ordens do governo federal são contestadas e terminam em longas batalhas judiciais.
Os EUA têm registrado uma média de 140 mil novos infectados e 1,2 mil novos óbitos por dia, altas expressivas de 62% e 29% desde 1º de dezembro, quando o primeiro caso de ômicron foi registrado no país.
Devido à alta no número de casos, a NHL (liga de hóquei no gelo) parou a temporada e suspendeu todos os jogos por pelo menos uma semana.
Os EUA também seguem como o país mais afetado do mundo, com mais de 51 milhões de infectados e 807 mil mortes por Covid-19 desde o início da pandemia.
Fonte: G1