Vacina de Oxford: veja o cronograma atualizado de produção da Fiocruz

Vacina de Oxford: veja o cronograma atualizado de produção da Fiocruz
Vacinas de Oxford/AstraZeneca — Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

Um avião com o segundo e terceiro lotes de matéria-prima para a produção da vacina Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 deve partir de Pequim na noite desta quinta-feira (25), com previsão de chegar ao Brasil no sábado (27), segundo informou ao G1 a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O insumo, chamado de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), será usado pela fundação para produzir cerca de 12 milhões de imunizante em solo brasileiro. As doses devem ser entregues ao Ministério da Saúde durante o mês de março.

Primeiro lote já está sendo envasado

No dia 12 de fevereiro, a Fiocruz deu início ao envase do primeiro lote de IFA da vacina Covid-19, que chegou ao Brasil no dia 6 de fevereiro. São 90 litros de IFA, suficientes para a produção de 2,8 milhões de doses.

Resumo do cronograma:

  • 12 de fevereiro: Início do envase do primeiro lote com insumo para fabricação pela Fiocruz;
  • 27 de fevereiro: Previsão de chegada do segundo e terceiro lotes com insumo para fabricação pela Fiocruz;
  • De 15 a 19 de março: Previsão de entrega do primeiro 1 milhão de vacinas produzidas no Brasil à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que precisa dar o aval para utilização do produto.

O processamento das doses no Brasil inclui as seguintes etapas:

  • Formulação: o IFA passa por um processo de diluição e é acrescida uma solução para garantir a manutenção das propriedades da vacina e possibilitar a sua armazenagem de 2 a 8ºC;
  • Envase: processo no qual o líquido é inserido, de forma automatizada, em pequenos frascos de vidro (os mesmos que serão utilizados nos postos de saúde);
  • Lacre: já com o imunizante, os frascos são fechados com uma rolha de borracha e seguem para a recravação, onde recebem um lacre de alumínio;
  • Controle de Qualidade: as vacinas seguem para o Controle de Qualidade interno de Bio-Manguinhos, onde uma análise minuciosa irá garantir a sua integridade e segurança.

Segundo a Fiocruz, a produção será escalonada ao longo dos primeiros meses para manter a meta de entregar 100,4 milhões de doses até julho deste ano ao governo federal, conforme prevê o "Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19", divulgado no dia 16 de dezembro.

A partir do segundo semestre deste ano não será mais necessária a importação do IFA, que passará a ser produzido em Bio-Manguinhos, após a conclusão da transferência de tecnologia.

De agosto a dezembro serão mais 110 milhões de doses de vacinas produzidas inteiramente na instituição.

Fonte:  Cláudia Loureiro, G1 Rio