Twitter restaura conta de Trump após incitar rebelião no Capitólio dos EUA
O bloqueio da conta do presidente dos EUA, Donald Trump, no Twitter acabou. A rede social restaurou o acesso ao perfil do americano na manhã desta quinta-feira (7), doze horas após bloqueá-lo por divulgar desinformações enquanto manifestantes invadiam o Capitólio dos Estados Unidos.
Uma série de tuítes publicados na quarta-feira (6) buscavam lançar dúvidas sobre a corrida presidencial americana de 2020. Um deles incluía um vídeo no qual Trump espalhava desinformação sobre o resultado da eleição, mesmo quando disse aos manifestantes para deixar a Câmara e o Senado. Outro post atribuiu as ações violentas da multidão à afirmação de que os votos foram “arrancados dos grandes patriotas”.
O Twitter exigiu que Trump excluísse os tuítes para obter acesso à sua conta, mas deixou claro que planeja intensificar seus esforços de fiscalização. A rede social também pode suspender o presidente permanentemente se ele continuar a violar suas regras.
Esta foi a punição mais severa que o Twitter já impôs a Trump, que se aproveitou de seu vasto alcance online para espalhar inverdades nos últimos quatro anos – gerando críticas de que a rede social e outras empresas do Vale do Silício deveriam ter feito mais, e mais cedo, para impedi-lo de alimentar as tensões no mundo real.
Mas não foi só o Twitter que suspendeu Donald Trump da internet. O Facebook e o Instagram também o proibiram de postar por mais de 24 horas, a partir da noite de quarta. O Facebook ainda disse que removeria o conteúdo prejudicial postado por outros usuários promovendo manifestações como a no Capitólio dos EUA. Por ora, tais redes sociais não retrocederam em sua decisão.
Enquanto isso, os apoiadores de Trump recorreram a plataformas alternativas de mídia social, incluindo o Parler, para divulgar seu apoio às manifestações e pedir por ainda mais violência.
Trump tem procurado usar a mídia social como arma repetidamente desde que perdeu para Joe Biden na eleição presidencial, vendendo mentiras que promovem a ideia de que houve fraude eleitoral.
Fonte: The Washington Post