Sergipe registrou onze casos de câncer de mama em homens em 2022

Sergipe registrou onze casos de câncer de mama em homens em 2022

Assim como todos os anos, o mês de outubro, conhecido mundialmente pelo movimento do Outubro Rosa, é marcado pela conscientização e cuidados sobre o câncer de mama.

Apesar dos casos terem uma maior recorrência em mulheres, o câncer de mama também pode atingir homens. Mesmo sendo considerado um caso raro, já que corresponde a menos de 1% de todos os cânceres masculinos, isso acontece porque os homens têm tecido mamário. 

No estado de Sergipe, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em 2022 foram registrados 447 casos de câncer de mama, sendo 436 em mulheres e 11 em homens. 

O F5 News contactou a Associação dos Amigos da Oncologia (AMO), que informou atender dois destes casos, de pacientes idosos que residem no interior.

Como identificar o câncer?

Por ser um caso raro, não existe uma recomendação médica de mamografia de rotina, assim como as mulheres, por isso, a atenção às mudanças do corpo devem ser intensificadas.

O sintoma mais incidente é a presença de nódulo escurecido e indolor, a saída de sangue pelo mamilo. Já nos casos mais graves, o homem pode apresentar o aumento de gânglios linfáticos na axila.

Assim como todos os outros cânceres, que independem de sexo e idade, quanto mais rápido for o diagnóstico, maior a chance do tratamento ser bem sucedido.

Tratamento

Uma diferença importante do câncer de mama em homens está no que diz respeito ao tratamento cirúrgico. Como a mama masculina é pequena e os nódulos surgem atrás do mamilo, geralmente não é possível fazer cirurgias conservadoras, ou seja, que retirem apenas parte da mama, como ocorre na abordagem das mulheres.

A cirurgia de câncer de mama em homens costuma ser a mastectomia total: retirada de toda a mama, com aréola e mamilo também removidos (buscando sempre atingir margens livres na cirurgia). Cirurgia axilar (retirada de um ou vários gânglios da axila) deve ser realizada no mesmo tempo cirúrgico.

Depois disso, seguem-se os tratamentos comuns ao sexo feminino, como quimioterapia, radioterapia e bloqueio hormonal, dependendo do estadiamento clínico da doença e das características do tumor, além das condições de saúde do paciente.

O movimento 

A ação acontece desde a década de 1990, quando a Fundação Susan G. Komen for the Cure começou a distribuir laços rosas para os participantes da primeira corrida pela Cura.

Já no Brasil, relatos apontam que os primeiros sinais da campanha surgiram em 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado com a cor rosa. Porém, só foi se consolidar em 2008, quando alguns grupos relacionados à causa usaram a cor alusiva para iluminar monumentos e prédios em suas cidades.
 

Fonte: Com informações da Oncoclínicas