Menina é espancada e tem cabelo arrancado por colega e familiares na porta de escola em SP

Menina é espancada e tem cabelo arrancado por colega e familiares na porta de escola em SP
Aluna é agredida por menina e outras três mulheres em frente a escola em Itanhaém, SP — Foto: Reprodução

Um vídeo obtido pelo g1 nesta terça-feira (15) mostra uma aluna sendo agredida em frente à Escola Estadual Benedito Calixto, em Itanhaém, no litoral de São Paulo. Nas imagens, a vítima apanha de outra estudante da escola e de familiares da agressora. Após ser derrubada no chão, a menina é atingida por chutes e socos.

Ao g1, a vítima, de 16 anos, contou que a menina que a agrediu posteriormente gritou com uma amiga dela um dia antes. "Falei para ela não gritar mais com a minha amiga e passou. Mas aí, no outro dia, a gente saiu uma aula mais cedo, umas 22h, e eu estava conversando com meus amigos no portão. Foi quando a mãe dela e elas [agressoras] foram até a gente. Falei que não queria confusão, e quando fui entrar, elas puxaram meu cabelo, me jogaram no chão e me chutaram", afirma.

Segundo a adolescente, ela foi agredida pela menina com quem se desentendeu, pelas duas irmãs e pela mãe da agressora. "Separaram a briga, a escola ligou para a polícia, e eu liguei para a minha mãe. Depois da briga, fiquei com alguns hematomas, minha cabeça ficou muito dolorida, porque arrancaram muito cabelo meu, e fiquei com alguns arranhões", diz.

De acordo com a mãe da adolescente agredida, a diretora da escola orientou elas a fazerem boletim de ocorrência, mas, apesar de terem ido à delegacia, ainda não conseguiram fazer o registro. "No dia, a escola chamou a polícia, que registrou um boletim da PM. Depois, fomos na delegacia, e lá fui orientada a ir à UPA, para ter o laudo da agressão e registrar a ocorrência. Levei ela lá e voltei no outro dia à delegacia, mas aí me orientaram a colocar o vídeo da agressão no CD, e retornar depois novamente ao DP", relata.

A mãe também conta que a escola marcou uma reunião entre ela e a responsável pela adolescente que agrediu sua filha, mas a mulher não compareceu. "Fiquei revoltada com a situação, minha filha estuda de noite porque trabalha durante o dia, e ficou desprotegida em um lugar que nunca pensamos que isso iria acontecer. Preciso mandar ela para a escola, mas fico apreensiva de acontecer outra vez", diz.

Em nota, a Secretaria da Educação do Estado (Seduc-SP) afirma que repudia todo e qualquer ato violento dentro ou fora das escolas. O fato ocorreu fora da unidade, a direção da escola acionou a Ronda Escolar, por precaução, para auxiliar no caso. Em paralelo, a unidade buscou contato com os responsáveis pelos estudantes envolvidos.

O caso foi inserido na Plataforma Conviva - PLACON, do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar da secretaria, que está à disposição para dar suporte psicológico aos alunos envolvidos. A Diretoria de Ensino se coloca à disposição dos pais, comunidade e autoridades locais, e está orientando a unidade escolar para agendar o acolhimento dos envolvidos com os Psicólogos da Educação.

O g1 não conseguiu localizar a responsável pela outra adolescente e as outras agressoras até a última atualização desta reportagem.

Fonte:  G1 Santos