Paciente diabético relata falta de insulina na Saúde de Sergipe

O fisioterapeuta Sandro André Matos Barreto, que convive com a diabetes há 20 anos, disse ao F5 News que não conseguiu receber os medicamentos de insulina fornecidos pelo Governo do Estado, por meio do Centro de Atendimento à Saúde (Case). Segundo ele, foi necessário utilizar recursos financeiros próprios para comprar o remédio.
“Se eu ficar um dia sem a insulina, eu morro. Simplesmente, eu morro. Eu tenho diabetes do tipo 1, e faço uso de dois tipos de insulina, a Aspart e Glargina, ambas em falta no Case esse mês. Geralmente recebemos a medicação no início do mês, mas até agora não recebemos nenhum. Essa não é a primeira vez que acontece isso. Aquelas pessoas que não possuem dinheiro para comprar o remédio, estão sofrendo”, aponta Sandro.
Além dos riscos de saúde que os pacientes diabéticos correm ao não tomar o medicamento, eles também ficam ainda mais vulneráveis a outras doenças, inclusive são considerados grupo de risco da covid-19.
No tratamento de Sandro são utilizadas quatro canetas Lantus, que custam em média R$ 100 mensais, e outras quatro da Novorapid, com valor de aproximadamente R$ 45. “O Case alega que está em falta, que não pode comprar. Sempre aquela mesma desculpa. Se eu ficar um dia sem tomar insulina eu morro, inclusive eu fico suscetível a outras doenças também, porque o açúcar fica descompensado”, explica o fisioterapeuta.
De acordo com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a insulina do tipo análoga para o tratamento de diabetes está em falta esse mês, pois não houve envio pelo Governo Federal. “A Secretaria está em contato direto com o Ministério da Saúde, para esclarecimento sobre a falta da medicação, que compõe o elenco de medicamentos fornecidos de responsabilidade do governo Federal”, explica a gestão.
Ainda conforme a Secretaria, a insulina Lantus, citada pelo paciente na matéria, não está em falta no Case, somente a insulina análoga Novorapid.
Fonte: F5News