MPs, Justiça e UFS destinam máscaras de oxigênio para hospitais em SE

MPs, Justiça e UFS destinam máscaras de oxigênio para hospitais em SE
Os equipamentos começaram a ser distribuídos na última quinta-feira, 08, para hospitais da rede pública do estado

Os Ministérios Públicos do Trabalho, Federal e do Estado de Sergipe e a Justiça do Trabalho destinaram recursos para aquisição de 80 máscaras de oxigênio desenvolvidas por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Os equipamentos começaram a ser distribuídos na última quinta-feira, 08, para hospitais da rede pública do estado.

Até o momento o Huse, a Unidade de Pronto Atendimento Fernando Franco e o Hospital São José receberam os equipamentos. A previsão é que até o final do mês de abril outros hospitais recebam os equipamentos.

As máscaras são utilizadas para auxiliar no tratamento de pacientes com quadro leve ou moderado de falta de ar. A insuficiência respiratória é considerada um dos principais sintomas apresentados por pessoas com Covid-19 que precisam ficar internadas.

Segundo o doutor em Automação e Sistemas pela UFSC e professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UFS, José Carvalho, os pesquisadores buscaram desenvolver um sistema que fosse seguro, barato, de fácil produção e que não dependesse de itens importados para que pudessem suprir a demanda enorme que surgiu com a pandemia sobretudo para a rede pública, que historicamente tem mais dificuldades.

O equipamento que auxilia no tratamento da Covid é montado em cinco minutos. Todas as peças utilizadas são adquiridas de fornecedores nacionais, uma delas, inclusive, o suporte para fixação da máscara foi produzido pelo Laboratório DiNOVE do IFS-SE. Os principais objetivos do equipamento são evitar que o paciente evolua para intubação e evitar a contaminação do ambiente.

“A ventilação não invasiva já é algo que era bastante utilizada. Contudo, no contexto da Covid-19, alguns aspectos acabavam dificultando (ou mesmo proibindo) seu uso: o preço bastante elevado e o sistema que jogava todo o ar contaminado no ambiente. A máscara produzida por pesquisadores da UFS veio suprindo várias necessidades, não depende do uso de ventilador, é de fácil higienização e baixo custo. Além disso, o ar chega diretamente dentro da máscara onde é feita a renovação do ar e todo o ar exalado é canalizado pelo filtro e jogado para o ambiente após a filtragem. Devido a essas características, a Spirandi possui diferentes aplicações dentro do contexto de tratamento de paciente com Covid”, explica o professor José Carvalho.

Com a destinação os MPs esperam minorar os efeitos da pandemia no Estado de Sergipe, com a diminuição do número de óbitos. Os recursos são decorrentes da atuação do Ministério Público do Trabalho perante à Justiça do Trabalho.

Fonte: Ascom/MPT-SE