Menina é vítima do golpe do falso emprego e escapa de assalto no litoral de SP
Uma adolescente de 16 anos relata ter sido vítima de um golpe de falsa oferta de emprego, e que foi chamada para ir a um endereço que não existia, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ao g1, a estudante contou que, chegando ao local, sofreu uma tentativa de assalto.
Segundo a adolescente, que não quer ser identificada, ela tem uma filha de dois anos e está precisando de emprego. Por esse motivo, fez uma postagem nas redes sociais relatando que estava em busca de uma oportunidade, em qualquer função, incluindo atendente de telemarketing, faxineira ou babá.
Após a publicação, o perfil de uma suposta mulher a chamou, oferecendo emprego como faxineira na casa dela. O perfil ainda afirmou que, se ela trabalhasse bem, poderia fazer faxina três vezes por semana na residência.
"Ela me deu um endereço, e poucos dias depois que conversamos, eu fui, conforme combinamos. No lugar, tinha umas três casas. Aí, eu procurando, passou um homem que tentou me ajudar, e falou: 'olha, esse número [que ela te passou] não existe. Eu continuei procurando, e apareceram duas meninas que me perguntaram se eu conhecia um determinado lugar dali. Quando eu falei que não conhecia nada ali, elas anunciaram que iriam me assaltar", diz.
De acordo com a estudante, as meninas eram jovens, e ela entrou em luta corporal com a dupla, para evitar que o celular fosse levado.
"Nessa hora, passou um motoboy, elas se assustaram e fugiram com a bicicleta que estavam. Eu saí correndo, pedi ajuda, e muitas pessoas negaram. Fui humilhada, como se estivesse pedindo esmola. E eu só estava pedindo ajuda para ligar para a minha mãe, porque meu celular estava sem chip. Eu acho que o perfil que me chamou pode ser fake. É bem difícil passar por tudo isso quando você só quer trabalhar de forma honesta", desabafa.
O g1 entrou em contato com o perfil apontado pela estudante, e a pessoa negou que tenha aplicado um golpe, mas não respondeu mais nenhum questionamento da reportagem.
O perfil diz trabalhar na Prefeitura de Praia Grande, porém, por meio de nota, o município informa que não tem como confirmar a veracidade das informações.
A mãe da adolescente afirma que comparecerá com a filha na delegacia, para o registro de boletim de ocorrência.
Fonte: G1 Santos