Luan Santana completa 30 anos e diz: "Quero mostrar a música e o romantismo do Brasil pro mundo"

Luan Santana completa 30 anos neste sábado (13). Um dos cantores de maior sucesso do Brasil, o artista chega a idade emblemática sem poder comemorar como gostaria, mas com a sensação de ter vivido muito bem as três décadas. Em conversa exclusiva com Quem, ele falou sobre o aniversário, como tem sido sua rotina no isolamento social e quais são seus novos projetos.
"Como é uma data redonda, valeria, sim, uma grande festa, claro. Mas, como estamos vivendo um momento difícil, vejo como tempo de reflexão. De agradecer pela minha saúde e dos meus. De pedir pela cura do planeta. Saber que mais da metade da minha vida é música, amor, meus fãs, realização de sonhos, dá vontade de seguir mais e mais. É muito gratificante", agradece.
Apesar de desejar a cura da Covid-19 como presente, Luan vê sua trajetória como principal motivo de alegria. "Saber que aquele menino que sonhava em alcançar uma carreira nacional, conquistou. Eu comecei muito cedo, aos 11 anos. Aos 17 anos tive a música mais tocada (Meteoro) no Brasil e, de lá pra cá, só hits. Para aquele gurizinho que sonhava em atingir as paradas de sucesso, é uma realização enorme. Agradeço todos os dias", diz.
Ao ser questionado se ele se imaginava de forma diferente ao se tornar balzaquiano, o astro nega. "Me imaginava exatamente como estou agora, com uma carreira, sem falsa modéstia, brilhante e atingindo outros locais. Estou me dedicando ao novo trabalho com a Sony Music, focado também na carreira internacional. Tinha este grande sonho. Certa vez, um crítico me chamou de 'hors-concours'. Foi um dos maiores prêmios que recebi na vida, ler um especialista analisando você desta forma, dizendo que eu 'gravito' e não preciso mais estar no topo", lembra.
O cantor promete um novo Luan para conquistar o mercado internacional. "Para fazer jus a esta responsabilidade, eis que decidi mudar. E a assinatura com a multinacional é para me fazer assim, do jeitinho que ele escreveu. Quero escrever uma nova história com os meus fãs e conquistar o mundo que, junto com a gravadora, vão me ajudar a mostrar a música e o romantismo do Brasil pro resto do mundo. Sou muito grato ao lindo trabalho que vivi com a Som Livre, agradeço a cada um dos profissionais, a cada trabalho, projeto... tudo", reforça.
Para se manter sempre no topo, o cantor abriu mão de muitos momentos da vida pessoal. Quem pensa que ele se arrepende, está enganado. "Comecei a cantar bem novo. Criança mesmo. Aproveitei alguns momentos da infância, como jogar bola, subir em árvore, pescar, jogar videogame. Claro que a vida profissional e a correria dos shows me tiraram a oportunidade de datas especiais, celebrações de família, mas sempre soube dosar", pondera.
Viciado em trabalho, até mesmo a data mais marcante de sua vida está associada à carreira. Luan não esconde a gratidão ao pai, Amarildo Domingos, por ter pedido demissão do emprego em um banco para investir no sonho do filho. "O dia mais feliz da minha vida como cantor, sem dúvida, foi a explosão de Meteoro no país. Dividir cena com ídolos. Estar ao lado de tanta gente me dando amor. O mais feliz como pessoa, foi ter meu pai cuidando da minha carreira junto comigo, quando ele viu que deu certo e pôde sair do banco e cuidarmos e conquistarmos juntos", reconhece.
Até hoje o artista lembra de sua estreia na televisão ao lado da saudosa Hebe Camargo. "Foi a primeira vez em que fui a um programa de TV e, coincidentemente, nascemos no mesmo mês, com diferença de cinco dias. Este ano, ela completaria, se tivesse viva, 92 anos. Também recordo a primeira vez que as pessoas me pararam em um lugar me reconhecendo como famoso. A gravação do primeiro DVD e vendo aquele mar de gente, o coro das fãs... Mesmo em 13 anos, cada show é uma nova emoção, é diferente. E cada cidade, país, estado tem sua peculiaridade", define.
Na quarentena, como a maioria das pessoas, Luan também teve seus momentos de fragilidade e foi o amor do público que o fortaleceu. "Jamais imaginei que iria ficar tanto tempo assim sem fazer shows e sem poder sentir o calor dos meus fãs. Cada dia que passa eu sinto mais falta. Mas, com as transmissões ao vivo da internet, me aproximei mais deles, pelo menos um pouco. E durante a quarentena dei uma pirada, sim, sempre fui agitado, então foi difícil em alguns momentos, mas sempre deu tudo certo", admite.
Dedicar-se à causas sociais também o fizeram sentir melhor. "Fazer ações como o Movimento O Pantanal Chama e lives que arrecadaram toneladas como a que fizemos em prol da CUFA (Central Única das Favelas), em abril passado. Alás, lancei outro Movimento Viva Mães da Favela, em que teremos muitas ações por dois meses. Em 8 de maio, véspera do Dia das Mães, vamos fazer as entregas e penso em um show virtual", promete.
Fonte: Quem News/Globo.com