LIRAa: Aracaju apresenta risco médio de epidemia pelo Aedes aegypti
De acordo com o segundo Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2021, realizado entre 1º e 5 de março pela Secretaria Municipal da Saúde, o índice de infestação geral do município é de 1,1%.
Este valor é considerado como médio risco para o aparecimento de surtos ou epidemias, e mantém a capital na mesma classificação, quando comparado com o LIRAa de janeiro, que registrou 1,0%. Quando comparando com o LIRAa de março do ano passado, o índice registra queda de 1,6 para 1,1.
Dos 43 bairros de Aracaju, 24 (55,8%) foram classificados em baixo risco (satisfatório), 19 (44,2%) estão em médio risco (alerta) e nenhum bairro com a classificação de risco de epidemias. De acordo com o gerente do Programa Municipal de Combate ao Aedes aegypti, Jeferson Santana, a alteração, mesmo que discreta, mantém as equipes em alerta e direciona os trabalhos nos bairros com maior índice.
“Nossas ações são constantes e contamos com atenção de toda a comunidade. Estamos num momento delicado por conta da covid, com número crescente de casos, mas também precisamos seguir em alerta com relação ao Aedes, principalmente dentro das casas, para que não tenhamos um problema grande também com a dengue, zika ou chicungunya, pressionando ainda mais o nosso serviço de saúde, que já está sobrecarregado”, alertou o gerente.
Ainda sobre os bairros, 18 deles registraram queda no valor do índice de infestação predial, quando comparado com o levantamento anterior feito em janeiro. Cinco desses bairros apontaram queda de até um ponto percentual são eles: 18 do Forte, que em janeiro registrou 2,4, passando para 1,4; Aeroporto, caiu de 1,7 para 0,7; Cidade Nova, que passou de 2,4 para 1,4; São José, que registrou queda de 2,2 para 0,8; e Suíssa, que caiu de 2,0 para 0,6.
“Importante salientar que nessas localidades onde registramos maior queda, foram exatamente as localidades onde as equipes intensificaram os trabalhos nas últimas semanas. Além das visitas, do trabalho educativo e de eliminação dos focos, ações estas realizadas durante a semana, seguimos desenvolvendo os mutirões aos sábados, justamente para conter o avanço da infestação do mosquito, e tem sido uma estratégia assertiva”, destacou Jeferson Santana.
Principais criadouros
O criadouro mais importante continua sendo os depósitos de água, como lavanderias e reservatórios, que representam 84,1% dos locais onde foram encontrados focos. Já os depósitos domiciliares, a exemplo de vasos e pratos de plantas e ralos, continuam sendo o segundo maior criadouro, mas comparando com o LIRAa anterior, nota-se uma queda de 32% de focos nesses locais.
Também houve uma queda de 15,62% dos focos encontrados em entulhos e resíduos sólidos. Além disso, não foram encontrados focos em terrenos baldios. “Essa ausência de focos do mosquito em terrenos baldios só reforça o êxito no trabalho das equipes. Entretanto, para que esse índice se mantenha zerado, a colaboração da população, realizando o descarte correto do lixo, é essencial”, salientou o gerente.
Fonte: Com informações da PMA