Enquanto casos de covid-19 crescem, isolamento diminui em Sergipe

Enquanto casos de covid-19 crescem, isolamento diminui em Sergipe

O ano da pandemia se aproxima do fim com quase 110 mil infectados pela covid-19 em Sergipe. Desse total, 2.454 morreram por causa da doença e cerca de 98 mil pessoas conseguiram se recuperar. Levantamentos relacionados à pandemia mostram uma relação direta entre o aumento de casos e a diminuição da quantidade de pessoas que respeitam o distanciamento social.

No último final de semana de 2020, Sergipe voltou a registrar os piores índices de isolamento social do país, de acordo com o monitoramento da plataforma Inloco. No sábado (26), a taxa ficou em 41%, a mais baixa entre todas as unidades da federação. Já no domingo (27), o percentual subiu para 48,9%, ainda assim o quinto pior no ranking dos estados. O índice recomendado é de 70%.

Em contrapartida, durante o feriadão do Natal, mais de três mil novos casos da doença foram confirmados no estado e, pelo menos, outros 3,6 mil aguardam a análise no Laboratório Central (Lacen). Por conta da alta na demanda, a testagem de assintomáticos está suspensa em todas as unidades de saúde da rede pública.

Em Sergipe, a taxa de transmissibilidade do novo coronavírus encontra-se em 1,26 há oito dias consecutivos, segundo monitoramento do Covid-19 Analytics, grupo formado por professores da PUC-Rio e da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O dado revela que um grupo de 100 indivíduos que carregam o micro-organismo é capaz de transmitir a doença para, em média, outras 126 pessoas. Apenas quando a taxa de transmissão está abaixo de 1, a tendência é de queda no contágio.

Apesar de os idosos fazerem parte do grupo com risco de desenvolver um quadro grave da covid-19, 707 pessoas com menos de 60 anos morreram no estado por causa da infecção. Os dados da Secretaria da Saúde indicam a existência de ao menos 7,9 mil pessoas em fase de recuperação, das quais 310 estão internadas.

Autoridades em Saúde de todo o mundo apontam que o distanciamento social é, ainda, a melhor forma de mitigar a expansão do coronavírus. Sem evidências robustas sobre tratamentos eficazes nem perspectivas concretas sobre o início da vacinação, essa e outras medidas preventivas como o uso de máscara e a higiene frequente das mãos, por exemplo, seguem sendo a opção mais adequada para a população evitar as consequências mais sérias da pandemia, conforme a OMS.

Fonte: F5News