Músicos sergipanos fazem ato e querem flexibilização de medidas
Cantores, músicos e trabalhadores da área artística estão reunidos nesta quinta-feira, 7, em uma manifestação em frente ao Palácio de Despacho para sensibilizar o Governo a afrouxar as medidas que limitam as apresentações musicais em bares e espaços de eventos do Estado.
Vestidos com roupas pretas, os artistas protestam e afirmam que precisam voltar a trabalhar e querem ser tratados com igualdade. “São quase um ano sem trabalhar. Queremos ter o direito de assumir o risco e voltar ao trabalho. Não somos responsáveis por aglomeração. Tudo voltou ao normal, os shoppings, o centro da cidade e as praias estão lotados e não tem música, só que as medidas do Governo afetam diretamente a nossa classe que precisa trabalhar. Queremos apenas ser tratados com igualdade”, enfatiza o cantor Gustavo Trindade.
Hoje à tarde acontece a primeira reunião do Comitê Técnico-Científico do ano para avaliar a situação do Covid-19 em Sergipe nos últimos 14 dias, e novas medidas devem ser adotadas pelo Governo. “Queremos aproveitar essa reunião e pedir que as medidas sejam reavaliadas e que tenhamos oportunidade de voltar ao trabalho”, reforça Gustavo.
Questionado sobre a situação dos estabelecimentos interditados em Aracaju por descumprirem as medidas sanitárias de prevenção e combate do Covid-19 e aos decretos governamentais, o músico entende que são os proprietários dos locais que devem seguir as normas impostas. “Não são os músicos que causam aglomeração, estamos apenas trabalhando”, diz Gustavo que aponta alguns pontos do decreto prejudiciais aos músicos.
“O decreto diz que os bares podem funcionar com 50% da capacidade, mas em muitos casos essa capacidade não é suficiente para ter couvert artístico para pagar aos músicos. Outra limitação do decerto são de apenas dois artistas no palco, mas na mesa podem ficar até seis pessoas, isso é totalmente contraditório”, ressalta.
Fonte: Karla Pinheiro/Infonet