Covid-19: Lacen está recebendo 1.200 amostras diárias para analisar
A quantidade de amostras da Covid-19 que chegam ao Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen) dobraram desde o final de fevereiro. De acordo com o superintende do Lacen, Cliomar Alves, até a penúltima semana de fevereiro o laboratório estava recebendo uma média de 600 amostras por dia. Desde a ultima semana de fevereiro essa quantidade dobrou, são 1.200 amostras diárias, e 50% delas testam positivo para a Covid-19.
“Estamos com muito trabalho, o setor de triagem lotado, equipes trabalhando 24 horas por dia para dar conta dessa demanda. Estão todos exausto, mas trabalhando para fazer o melhor. No começo de janeiro tivemos uma alta de amostras diárias reflexo das festas de final de ano e agora estamos tendo o reflexo do carnaval”, afirma.
Cliomar explica que com as oito variantes da Covid-19 circulando em Sergipe, inclusive nas cidades do interior, a quantidade de casos estão subindo e a tendência é aumentar esses casos se as pessoas não adotarem as medidas de segurança.
“Essas novas variantes, inclusive a do Reino Unido e a da Amazonas que temos circulando aqui, são muito mais infecciosas, elas aumentam a carga viral na pessoa permitindo que mais vírus sejam produzidos e o contágio aumente. Antes era como se as pessoas tivessem uma colher de chá e jogasse na multidão, agora a colher foi substituída por um copo cheio de água, portanto, essas novas variantes contaminam muito mais”, diz.
Ampliação
Para conseguir manter a celeridade do trabalho e entrega dos resultados das amostras em 48 horas, o Lacen está ampliando o laboratório para adquirir mais equipamento e contratar mais pessoal. “Hoje estamos no limite do nosso laboratório, não temos espaço físico para contratar mais ninguém e estamos com muito trabalho, por isso, estamos ampliando o laboratório porque comprando mais equipamentos eu consigo contratar mais profissionais”, explica.
Cliomar faz um apelo a população e pede que todos tenham consciência e responsabilidade nessa luta contra a Covid-19. “O que nós temos visto são as pessoas culpando os governantes, mas não fazem a sua parte. A rua está cheia, as pessoas indo para festas e se aglomerando como se nada tivesse acontecendo. O que temos visto é um desrespeito com os profissionais que estão trabalhando dia e noite para salvar vidas. A responsabilidade é individual, cada um tem que fazer sua parte”, enfatiza.
Fonte: Karla Pinheiro/Infonet