Covid-19: Kim Jong-un admite seis mortes e anuncia lockdown na Coreia do Norte
Mais de dois anos depois dos primeiros casos de Covid-19 em sua vizinha China, a Coreia do Norte alega estar passando pela primeira onda da doença. De acordo com o líder do país, Kim Jong-un, desde o fim do mês passado, seis pessoas morreram em decorrência da doença na Coreia do Norte.
Segundo autoridades de saúde norte-coreanas, há uma crise emergente de saúde pública no país, que sempre alegou não ter registrado infecções pela doença. O anúncio das mortes foi feito pelo próprio Kim Jong-un em transmissão da Televisão Central estatal, na primeira aparição do líder usando uma máscara.
Líder fez críticas às autoridades de saúde
Durante o pronunciamento, Kim fez críticas às autoridades de saúde do país e disse que a propagação da Covid-19, que tem como epicentro a capital, Pyongyang, seria uma demonstração de vulnerabilidade do sistema de prevenção de epidemias da Coreia do Norte.
De acordo com o serviço de saúde norte-coreano, o primeiro surto foi identificado no último domingo (8), depois da realização de testes em massa de pessoas que apresentavam sintomas da Covid-19, como febre, em Pyongyang. Boa parte dessas pessoas acabou sendo diagnosticada com a variante BA.2 do vírus.
Após esses resultados, o país declarou “emergência máxima” e ordenou uma espécie de lockdown nacional em todas as cidades. A ordem foi que os mais de 25 milhões de norte-coreanos se isolassem, com cada unidade de trabalho, unidade de produção e unidade residencial isoladas umas das outras.
Dados confusos
Segundo o governo norte-coreano, mais de 350.000 pessoas tiveram febre desde o final de abril, sendo 18.000 apenas na última quinta-feira (12). De acordo com o governo de Kim Jong-un, 162.200 dessas pessoas já estão completamente recuperadas.
Porém, o governo não explicou exatamente quantas dessas pessoas que apresentaram febre foram de fato testadas e diagnosticadas com Covid-19. A única informação sobre a doença é que as seis pessoas que morreram foram infectadas pela variante BA.2.
Fonte: The New York Times