Casos de chikungunya aumentam em 1300% em Sergipe, alerta SES

Casos de chikungunya aumentam em 1300% em Sergipe, alerta SES

Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES), o número de casos confirmados de chikugunya em Sergipe apresentou uma variação de 1300% quando comparado ao quantitativo de 2019. Até dia 8 deste mês, foram registrados 280 casos de doença, enquanto em todo o ano de 2019 foram contabilizados somente 20 casos.

De acordo com o infectologista Marco Aurélio, o aumento de casos é notado principalmente na Grande Aracaju, na Barra dos Coqueiros e nos municípios de Estância, Nossa Senhora do Socorro e Simão Dias. “Temos orientado os profissionais para que fiquem em alerta sobre os sintomas, pensando principalmente que existem outras doenças além da Covid-19 e sendo importante pedir exames para garantir o acompanhamento dessas pessoas”, diz ele.

O profissional explica que com as restrições estabelecidas pelo Ministério da Saúde, em consequência da pandemia pausada pelo novo coronavírus, fatores como a mudança no controle feito pelos agentes endemias possibilitam o aumento de casos. “Embora não estejam totalmente proibidas, muitas vezes a ação do agente precisa ser feita somente com orientações, sem entrar nos domicílios ou observar onde estão os focos”, afirma.

Os dados divulgados pela SES indicam uma situação estável em relação aos casos de dengue, com cinco registros até o momento, e uma variação dentro do esperado sobre os casos de zika. “O que tem chamado atenção são os casos de chikungunya com um aumento que, mesmo que não seja considerado surto ou epidemia, mostra que existe a circulação do vírus”, explica.

Para controlar a situação, o infectologista orienta que a população crie uma rotina para este momento de distanciamento social, observando os focos de doenças a partir das orientações que são feitas pelos agentes endemias. “Sempre que possível, ao menos em áreas externas, é importante que o agente veja, examine e oriente o morador”, alerta Marco Aurélio.

Fonte: Juliana Melo e Raquel Almeida/Infonet