Caso Genivaldo: nomes dos policiais envolvidos são divulgados

Caso Genivaldo: nomes dos policiais envolvidos são divulgados
(Foto: reprodução/ redes sociais)

Os nomes dos policiais envolvidos na morte do sergipano Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, após uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no município de Umbaúba, foram divulgados na noite deste domingo, 29, pelo programa Fantástico, veiculado na Rede Globo de Televisão,

De acordo com a reportagem, os policiais foram identificados como Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros. Esses três nomes já haviam sido citados anteriormente, no dia 26, um dia após o ocorrido, em uma reportagem publicada no The Intercept Brasil, junto com outros dois policiais também da Polícia Rodoviária Federal. Na ocasião, o Intercept afirmou que os cinco agentes teriam registrado o Boletim de Ocorrência pela detenção de Genivaldo.

A PRF não divulgou os nomes dos envolvidos, mas informou que afastou os agentes e instaurou um processo disciplinar. No comunicado de ocorrência, os envolvidos confirmaram que utilizaram spray de pimenta e bomba de gás lacrimogêneo durante a abordagem à Genivaldo.

Investigação

A investigação da morte de Genivaldo está ocorrendo em dois âmbitos: criminal e cível. Em relação ao primeiro, além da Polícia Rodoviária Federal, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal estão investigando o caso. Já no segundo âmbito, levando em consideração que a vítima era uma pessoa com deficiência mental, sofria de esquizofrenia e fazia uso de medicamentos controlados, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) está responsável por apurar as violações aos direitos das pessoas com deficiência, que Genivaldo possa ter sofrido.

Os exames periciais do local onde ocorreu toda a ação foram realizados na manhã do último sábado, 28, no município de Umbaúba, região sul do estado, por peritos federais. Todo o processo de investigação está sendo acompanhado pelo escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) na América do Sul, pela Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB/SE) e pelo Conselho Federal. Os dois últimos, cobraram no último sábado, 28, a prisão cautelar dos agentes. 

A PRF se pronunciou mais uma vez sobre o caso e afirmou não compactuar com a abordagem feita pelos policiais aqui em Sergipe e frisou que a conduta deles não fazem parte das diretrizes da instituição.

Fonte: Luana Maria e Verlane Estácio