Belo e Gracyanne tentam anular sentença que cobra R$ 483 mil após despejo de mansão em SP

Belo e Gracyanne tentam anular sentença que cobra R$ 483 mil após despejo de mansão em SP
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A defesa do cantor Belo e da esposa dele, Gracyanne Barbosa, se manifestou na Justiça, pela primeira vez, nesta terça-feira (6) no processo movido pelo dono de uma mansão em Moema, na Zona Sul de São Paulo, onde o casal teria morado sem pagar aluguéis.

O advogado do artista pediu à Justiça que seja reconhecida a "ilegitimidade passiva deles, a extinção da ação em relação aos dois ou a nulidade da citação do casal com a anulação da sentença e o retorno do processo à 1ª instância".

O contrato de locação estava no nome de uma empresa cujo proprietário morreu aos 77 anos, em setembro de 2018. A morte foi constatada no pronto-socorro de Santos. Desde dezembro daquele ano, os aluguéis do imóvel na capital paulista não foram mais quitados, segundo o proprietário.

Ao g1, um representante da Central de Shows e Evento Ltd afirmou que o dono "emprestou o nome" ao artista para que fosse feita a locação do imóvel. Belo e a esposa não assinaram o documento, mas moraram no imóvel, conforme o proprietário afirmou no processo.

Segundo a Receita Federal, a Central de Shows e Evento está em nome de uma mulher, que tem 5% da empresa, e do pai dela, que concentra 95%, e morreu em 2018.

Anteriormente, por telefone, a assessoria de imprensa da Central de Shows afirmou que o cantor e o empresário se conheciam, e o contrato foi assinado pelo idoso. O artista não teria pagado os valores. Na ocasião, a defesa de Belo emitiu uma nota.

Dono cobra R$ 483.156,46

O dono do imóvel cobra R$ 483.156,46 no caso que corre pela 5ª Vara Cível do Foro Regional III – Jabaquara, entre aluguéis, IPTU, contas, multa contratual e danos morais. Segundo a cláusula 7ª do contrato, não era permitida a transferência de contrato a terceiros, sublocar ou emprestar o imóvel.

O casal e a empresa foram citados no processo para arcarem com os valores.

O g1 localizou a mulher que aparece na Receita Federal como sendo uma das sócias da empresa de eventos que alugou a mansão para "ser uma moradia para funcionários", segundo alegou o proprietário com o contrato à Justiça. De forma breve, ela conversou por telefone com a reportagem.

"Essa Central de Shows que está falando, você procura eles, então, e conversa com eles”, disse, quando questionada sobre o contrato de locação do imóvel.

“Eu acho, assim, um absurdo, sabe? O nome do meu pai? Depois de morto, o pessoal não respeitar isso", completou.

Em seguida, a assessoria alegou que a mulher não tinha conhecimento sobre o negócio feito pelo pai.

Belo e Gracyanne na casa

Em 9 de novembro de 2017, foi fechada com a empresa de eventos a locação da mansão para moradia e residência de funcionário ou diretor pelo prazo de 30 meses, que se iniciava em 10 de dezembro de 2017.

Segundo o documento, o aluguel acordo foi de R$ 14.300, em conjunto com o valor de R$ 1.700 de IPTU, com vencimento no dia 20 de cada mês. Devia também ser feito o pagamento de despesas de consumo de luz, água e seguro.

Pagamento nos 3 primeiros meses

Os três primeiros meses foram quitados, assim como as contas de consumo, mas, após esse período, teria começado o atraso.

A mansão, ainda segundo o documento, foi alugada com alguns móveis, e um relatório de vistoria foi feito antes da locação.

Entre as áreas, o imóvel tinha área externa com churrasqueira com forno de pizza, armários de madeira, quadros, academia, piscina, vasos de plantas e cascata na piscina, banheiro da área externa, guarita de segurança, lavanderia, máquinas de lavar e secar, armários embutidos, lareira, banheira, sala de jantar e outros móveis.

Fonte: Carlos Henrique Dias, G1 SP — São Paulo