Após operação da PF, Salles vai ao Planalto se reunir com Bolsonaro

Após operação da PF, Salles vai ao Planalto se reunir com Bolsonaro
O Ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, em coletiva de imprensa em abril de 2021 Foto: UESLEI MARCELINO / Reuters

BRASÍLIA — Após ser alvo de uma operação na Polícia Federal na manhã desta quarta-feira, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chegou há pouco no Palácio do Planalto. Ele está reunido com o presidente Jair Bolsonaro.

Antes, conforme noticiou a colunista Bela Megale, Salles foi até a superintendência da Polícia Federal em busca de mais informações sobre a investigação. O ministro, acompanhado por um advogado, ouviu que só o Supremo Tribunal Federal (STF) poderia lhe conceder acesso aos autos.

No Palácio do Planalto, as primeiras reações são de que Salles continua contando com o apoio do presidente Bolsonaro e de seus principais auxiliares. Aliados atribuem a operação a uma retaliação do STF.

A operação, batizada de Akuanduba (divindade de indígenas do Pará), foi deflagrada por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que também determinou o afastamento do presidente do Ibama, Eduardo Bim, por suspeitas de irregularidades. Salles e servidores do Ibama tiveram os sigilos bancários e fiscais quebrados.

As buscas foram realizadas na residência do ministro em São Paulo e nos endereços funcionais em Brasília e no Pará, onde ele tinha montado um gabinete.

Presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), aliada do Planalto, disse confiar na conduta de Salles.

— Sempre é possível que se sofra operações, isso significa que a PF está trabalhando e tem autonomia. Estamos tranquilos quanto à conduta ilibada do ministro Ricardo Salles. Se alguém sob sua gestão prevaricou, que seja investigado e punido. Esse governo não passa a mão na cabeça de ninguém — disse.

Fonte: Jussara Soares/O Globo