Abramovich não tem pressa para venda e rejeitou proposta de R$ 16,7 bilhões pelo Chelsea, diz agência
Apesar de estar no alvo do parlamento britânico por sua suposta ligação ao governo Vladimir Putin, Roman Abramovich não pretende apressar o processo de venda do Chelsea. A informação é da agência "Reuters", que afirma nesta sexta-feira que o bilionário russo, inclusive, já rejeitou uma proposta de 2,5 bilhões de libras (R$ 16,7 bilhões) pelo clube.
Segundo a agência, Abramovich contratou o bancário Joe Ravitch, cofundador de um banco de de investimentos, para auxiliar no processo de busca de um comprador do clube inglês. Ravitch destacou que o processo levará "o tempo suficiente" para chegar a um preço justo de venda e encontrar "o melhor administrador" para o clube.
- Não vamos apressar nada. É muito importante que o Chelsea tenha o dono certo para guiar o clube - disse Ravitch, citado pela "Reuters".
Roman Abramovich anunciou nesta semana que venderá o Chelsea, depois de se tornar alvo do parlamento britânico em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia. O governo de Boris Johnson vem sendo pressionado a tomar atitudes contra grandes empresários russos que têm negócios no Reino Unido, em medidas que entrariam no pacote de sanções ao país por conta dos conflitos.
A intenção seria ampliar o impacto das medidas na economia russa e também atingir o governo de Vladimir Putin, que teria ligações intensas com estes oligarcas - empresários que tiveram grande ascensão ao fim da União Soviética, na década de 1990, quando passaram a controlar grandes empresas estatais após processos de privatizações.
Temendo que as punições contra suas empresas prejudiquem o Chelsea, Abramovich inicialmente decidiu se afastar do comando do clube. Dias depois, anunciou que venderia o Chelsea para empresários interessados - e que a receita líquida do processo seria usada para ajudar as vítimas da guerra da Ucrânia, através de uma fundação de caridade.
A imprensa inglesa afirma que Abramovich estaria esperando receber até 4 bilhões de libras (R$ 26,7 bilhões) pelo clube, comprado pelo bilionário em 2003 por 140 milhões de libras (R$ 939 milhões, atualmente). De lá para cá, o empresário vem fazendo um pesado investimento no clube e conseguiu transformá-lo em uma potência do futebol europeu - atualmente, os Blues são os vencedores da Champions e do Mundial de Clubes.
Desta forma, no processo de busca por um comprador também pesaria muito o perfil dos interessados no negócio. Muito próximo do clube e dos torcedores ao longo das duas últimas décadas Abramovich gostaria de que os novos comandantes também priorizassem o sucesso esportivo e a satisfação dos fãs, e não apenas as receitas oriundas do clube.
O bilionário suíço Hansjörg Wyss declarou nesta semana que foi procurado para fazer uma oferta pelo Chelsea e apontou que o preço solicitado seria alto. Nesta sexta, o "Daily Mail" publicou um perfil do empresário, citando que ele não tem qualquer proximidade com o mundo do futebol. Porém, ele estaria interessado em comprar o clube, trabalhando ao lado de Todd Boehly, bilionário norte-americano que tem participação no Los Angeles Lakers, uma das franquias mais famosas da NBA.
A "Reuters" destaca que "é improvável que o comprador venha de países como China e Arábia Saudita" para evitar possíveis perfis controversos, principalmente no posicionamento com relação à guerra na Ucrânia.
Fonte: Globoesporte.com