WhatsApp: Corrente divulga vagas falsas de emprego; saiba como identificar

WhatsApp: Corrente divulga vagas falsas de emprego; saiba como identificar

Os cibercriminosos estão se aproveitando do alto índice de desemprego para aplicarem novos golpes. Agora, uma nova corrente divulgando falsas ofertas de emprego está circulando pelo WhatsApp fazendo com que as pessoas financiem o grupo hacker — mesmo que indiretamente.

Não, a mensagem contendo o link não permite roubo de dados bancários e nem contém arquivos maliciosos capazes de configurar um ataque ransomware — quando o dispositivo é infectado e os criminosos cobram uma recompensa como resgate. Na verdade, ela realmente aparenta ser uma simples proposta de emprego.

Descoberta pela Kaspersky, empresa especializada em cibersegurança, a corrente fake anuncia uma falsa proposta de emprego de uma famosa fabricante de bebidas. A mensagem ainda aponta que a companhia está abrindo 1.800 vagas, com salários a partir de R$ 1.280,00.

O problema é que, ao clicar no link da mensagem, o indivíduo é direcionado para uma página falsa, contendo diversos links agregados, cujo principal objetivo é gerar tráfego (“views”). Embora pareçam nocivas, as visualizações do site rendem dinheiro aos golpistas, como explica Fabio Marenghi, analista sênior de segurança da Kaspersky no Brasil.

“Os hackers se aproveitam de fatos que geram ansiedade na população [como, no caso, o desemprego] e tentam ganhar dinheiro em cima disso. Embora pareça uma ação ‘inocente’, pois este golpe não traz nenhum dano ou prejuízo ao internauta, esse tipo de esquema ajuda a monetizar o cibercrime e financiá-los para atividades maiores e mais perigosas”, afirmou Marenghi.

Golpe “manjado”

Segundo o analista da Kaspersky, um golpe semelhante foi reportado no ano passado. Na ocasião, a mensagem também ofertava falsas vagas de emprego, mas o objetivo era roubar os dados dos usuários.

Apesar de finalidades distintas, o método utilizado é parecido, o que pode significar que os criminosos estão obtendo “sucesso” ao aplicarem os golpes nas vítimas.

No entanto, não há uma estimativa de quantas pessoas tenham sido afetadas.

Como se proteger

Por isso, é imprescindível que o usuário esteja sempre atento, principalmente com correntes divulgadas em redes sociais.

Uma das recomendações de Marenghi é sempre buscar inscrições diretamente na página da empresa ou em sites renomados que costumam realizar processos seletivos.

Além disso, é possível adicionar filtros para que apenas informações básicas de contato sejam compartilhadas nas redes. Deste modo, contatos particulares, endereço ou data de nascimento ficarão restritos, de acordo com as permissões estabelecidas pelo usuário.

Sempre desconfie de oportunidades “fáceis” divulgadas nas redes sociais e evite compartilhar dados pessoais na internet para não ter suas credenciais roubadas.

Por último, mas não menos importante, é essencial ter um programa de segurança instalado em seu dispositivo. Ele pode impedir acessos em sites suspeitos e proverá mais proteção contra outras possíveis ameaças.

Fonte: Olhar Digital