Veja o que muda com a nova política de privacidade do WhatsApp
Nas últimas semanas, o aplicativo de mensagens WhatsApp vem informando aos usuários uma nova política de privacidade da empresa. Segundo o especialista em Segurança da Informação, Sálvio Reis, esse anúncio da plataforma está ligado à Lei Geral de Proteção a Dados Pessoais (LGPD), que está prevista para entrar em vigor no Brasil em meados de setembro, após o Senado derrubar o desejo do Governo Federal de adiar o início da vigência da lei para maio de 2021.
Em linhas gerais, Sálvio diz que o objetivo do WhatsApp é oferecer maior transparência em relação aos dados dos usuários. “Muitas pessoas ainda acreditam que o aplicativo tem um banco de dados com todas as mensagens trocadas pelos usuários. Isso não existe. Na prática, o aviso de privacidade anunciado pelo WhatsApp reforça que apenas o usuário e o destinatário da mensagem têm acesso aquilo que foi conversado, como já acontece através do serviço de criptografia”, explica o especialista.
Este recurso, inclusive, existe há muito tempo na plataforma através do serviço de ‘criptografia de ponta a ponta’. De acordo com o WhatsApp, a ferramenta assegura que ninguém além do usuário e a pessoa com a qual se está comunicando possam ler o que é enviado, nem mesmo o próprio WhatsApp. “Isto porque as mensagens são criptografadas com um cadeado único, e somente a pessoa e o destinatário possuem uma chave especial para abrir e ler a mensagem. E para uma proteção ainda maior, cada mensagem que a pessoa enviar possui um cadeado e uma chave.”, detalha o aplicativo.
Dessa maneira, o especialista em Segurança da Informação explica que o comunicado sobre a nova política de privacidade busca alertar o usuário sobre o sigilo das mensagens trocadas. “A empresa quer dizer que a partir do momento que a pessoa passa a usar o aplicativo todo o conteúdo trocado e compartilhado diz respeito apenas a ela e ao destinatário”, resume Sálvio.
No novo aviso de privacidade o WhatsApp afirma que os usuários brasileiros têm “o direito de acessar, corrigir, portar, eliminar seus dados”. Em outras palavras, no entendimento de Sálvio, isso significa que cada usuário é responsável por aquilo que escreve e compartilha. “O que muda na prática são duas simples questões. Além de maior transparência sobre o sigilo dos dados, o WhatsApp deixa claro que não é responsável pelas mais variadas manifestações dos usuários no app. Ou seja, a plataforma é livre, mas cada qual tem responsabilidade sobre o que escrever e compartilhar”, destaca.
Fonte: João Paulo Schneider e Verlane Estácio/Infonet