UFS recebe evento internacional sobre Estudos Africanos
A Associação Brasileira de Estudos Africanos (Abe-África) escolheu a Universidade Federal de Sergipe (UFS) para sediar o IV Encontro Internacional da Abe-África: Passados sensíveis, futuros possíveis, evento que ocorrerá de 11 a 14 de novembro, no Campus São Cristóvão.
Os encontros da Abe-África são bianuais e reúnem pesquisadores de diversas partes do mundo e de variadas áreas de formação como o campo da Filosofia, História, Antropologia, Música, Dança, Ciências das Religiões, entre outros, que têm a África como centro de suas investigações. Confira a programação completa em: https://www.encontro2024.abeafrica.com/programacao
Durante o evento, serão realizados Grupos de Trabalho com temas que atravessam questões como Educação, Movimento Social, Religiosidades, além de conferências com grandes nomes, a exemplo da abertura do evento, no dia 11, com Roukiatou Hampâté BÂ, filha e herdeira do conhecimento de Amadou Hampâté BÂ (principal referência do saber tradicional ancestral, das tradições orais) considerado último Griô do século XX. Roukiatou é responsável pela Fundação Amadou Hampâté BÂ, localizada na Costa do Marfim.
De acordo com a professora doutora do Departamento de História (DHI) da UFS, Mariana Bracks, uma das coordenadoras do evento em Sergipe, no dia 11 também é comemorada a Independência de Angola e para celebrar os 50 ano de libertação constitucional, o Encontro contará com a presença do escritor membro da União de Escritores Angolanos, John Bela, que irá falar sobre todo o processo revolucionário e a importância de Agostinho Neto.
“Os encontros pretendem criar conexões entre instituições, grupos de pesquisas, acadêmicos e sociedade em geral contribuindo para a criação e consolidação de redes para o fortalecimento dos estudos africanos no Brasil. Além de contar com a presença grandes nomes da pesquisa e estudos africanos pelo Brasil e no mundo, contaremos também com a presença de lideranças espirituais como Mãe Marizete Oyá Matamba, para refletir como a espiritualidade africana está presente na diáspora e a sua importância no Brasil”, afirma a professora Mariana Bracks.
Ao longo dos dias do evento, haverá também a conferência com o professor Mouhamadou Nassire Sarr, da Universidade Cheikh Anta Diop, no Senegal, bem como a conferência de encerramento com a presença da Rainha Diambi Kabatusuila, da República Democrática do Congo, da Ordem dos Leopardos. O encontro conta também com mesas redonda, fórum de educação, atividades culturais e oficinas de produção editorial aberta a todos os estudantes. Este evento conta com o apoio financeiro do CNPq- edital n.12/2023.
Fonte: Infonet