Sindicatos protestam contra intervenção na UFS e reformas do Governo

Sindicatos protestam contra intervenção na UFS e reformas do Governo
De acordo com representes sindicais, não há legitimidade na nomeação da professora Liliádia Barreto para a reitoria da UFS e as reformas propostas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) visam atingir o funcionalismo público(Foto: Ascom/Sintufs)

Centrais sindicais voltaram a se reunir nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, 10, para realizar um protesto em conjunto contra a nomeação de uma interventora na Universidade Federal de Sergipe (UFS) e as reformas administrativas do Governo Federal que estão em andamento no Congresso Nacional.

De acordo com representantes sindicais, não há legitimidade na nomeação da professora Liliádia Barreto para a reitoria da UFS e as reformas propostas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) visam atingir o funcionalismo público. “A PEC Emergencial e a reforma administrativa são mecanismos que o Governo Federal tem utilizado para fazer um desmonte dos serviços públicos em geral”, avalia Juliana Cordeiro, coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação da UFS (Sintufs).

Ainda segundo ela, a nomeação de uma interventora para a UFS fere a autonomia da instituição. “Nós nos posicionamos contra porque isso é uma interferência direta à autonomia universitária. É uma pessoa que foi colocada no cargo da reitoria de maneira autocrática, sem respeitar a consulta pública”, avalia.

Segundo o professor Romero Venâncio, presidente eleito da Associação dos Docentes da UFS (Adufs), o intuito dessa agenda de mobilização é desfazer a intervenção na universidade. “Nosso intuito é barrar a intervenção. Essa foi a maior derrota que a Universidade Federal de Sergipe viveu na sua história ter uma interventora não eleita, não escolhida e desconhecida”, acredita. 

Venâncio diz ainda que “esse ato deverá ser o primeiro de muitos até a gente conseguir tirar essa interventora e a UFS seguir o seu curso democrático normal”, avalia.

Fonte:  João Paulo Schneider/Infonet