Rodoviários de Aracaju paralisam atividades; 39 linhas estão afetadas
Rodoviários de três empresas de ônibus do Grupo Progresso paralisaram as atividades na noite da segunda-feira, dia 31 de janeiro. Os trabalhadores reivindicam o pagamento de salários atrasados e férias. Com a paralisação, 39 linhas estão afetadas.
De acordo com a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Aracaju, o órgão já entrou em contato com as demais empresas que fazem parte do sistema de transporte coletivo para que ônibus extras sejam colocados em operação para amenizar os prejuízos causados pelas linhas que foram afetadas pela paralisação.
Setransp
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) informou que diante da paralisação das atividades da empresa do Grupo Progresso as demais empresas prestadoras estão prestando suporte às linhas afetadas.
“Os trabalhadores questionam pagamento em atraso de salários, mas o Grupo Progresso informa que foi surpreendido com bloqueio de todas as suas contas bancárias e recursos pelo prazo de 30 dias, isso proveniente de determinação judicial da justiça federal e a pedido da Fazenda Nacional, o que inviabilizou os pagamentos na data acordada com os trabalhadores, sendo certo que as medidas judiciais cabíveis já foram adotadas para que esses recursos sejam liberados para pagamento”, explica a entidade.
Ainda de acordo com o comunicado, o Grupo tem mantido negociação com os rodoviários para buscar liberar a operação o quanto antes. “O Setransp volta a alerta que essa situação é uma consequência da realidade de desequilíbrio econômico vivido pelo setor de transporte, que durante esses últimos dois anos de pandemia acumulou débitos e aumento de custos, enfrentou uma dura queda de receita e continua não contando com nenhum aporte extra tarifário. Isso tem colocado em risco a operação regular do serviço em Aracaju e na região metropolitana”, salienta.
Por fim, o Setransp destaca que tem buscado apoio dos governos Municipal, Estadual e Federal no sentido de se obter subsídios para as gratuidades, isenção do ICMS do diesel e outras vias que podem contribuir com a redução do impacto dos custos do transporte coletivo.
Relembre
A última paralisação dos rodoviários ocorreu no dia 13 de janeiro quando os rodoviários reivindicavam questões trabalhistas.
Fonte: Aisla Vasconcelos/Infonet