PSG suspende Messi por duas semanas após viagem à Arábia Saudita
A viagem de Messi à Arábia Saudita renderá duas semanas de suspensão ao astro. Diversos veículos da imprensa europeia afirmam nesta terça-feira que a diretoria do PSG reagiu mal à ida do jogador ao país do Oriente Médio, que tem relação conturbada com o Catar. A suspensão teria efeito imediato e impediria que Messi participe de treinos e jogos, além de afetar o salário no período.
O episódio teria selado o fim do relacionamento de Messi com o PSG. A imprensa francesa agora garante que o clube não vai renovar o contrato com o argentino, que se encerra em junho deste ano. De acordo com o jornalista Fabrizio Romano, a equipe que cuida do argentino ainda espera um comunicado oficial do clube para se manifestar.
Segundo os veículos franceses, Messi viajou à Arábia Saudita na última segunda-feira sem ter recebido autorização. A suspensão teria sido uma decisão principalmente do presidente Nasser al-Khelaïfi. O L'Équipe indicou que o técnico Christophe Galtier chamou o elenco para uma conversa em meio à polêmica, que teria incomodado também outros atletas, assim como o diretor Luis Campos.
O PSG só daria dois dias seguidos de folga em caso de vitória pela 33ª rodada da liga nacional. Como o resultado foi uma derrota para o Lorient, treinos seguiram marcados para a manhã desta segunda-feira, e apenas a terça ficou como dia de folga. Porém, Messi já teria a visita à Arábia Saudita agendada previamente, causando o conflito.
Com a suspensão, Messi só voltaria a atuar na 36ª rodada, contra o Auxerre, nos últimos três jogos do Paris pelo Campeonato Francês.
O craque de 35 anos já havia remarcado por duas vezes a viagem por conta de resultados negativos do PSG — nas duas derrotas para o Bayern de Munique pelas oitavas de final da Champions. Ele tem o cargo de embaixador do turismo na Arábia Saudita, algo que causou controvérsia, desde março do ano passado.
Ainda sem uma definição sobre seu futuro em Paris, Messi já teve o nome vinculado a um interesse do Al-Hilal, que estaria disposto a pagar 400 milhões de euros por ano. Seu atual contrato com PSG tem duração até o próximo mês.
O Paris Saint-Germain lidera o Campeonato Francês com 75 pontos, cinco a mais que o segundo colocado Olympique de Marselha. Restam cinco rodadas, e o próximo compromisso é fora de casa, contra o Troyes, às 15h45 (de Brasília) do domingo. Depois, o time comandado por Christophe Galtier enfrenta Ajaccio, Auxerre, Strasbourg e Clermont.
Monarquia absolutista islâmica, a Arábia Saudita tem um regime de constantes violações aos direitos humanos, o que fez Messi ser criticado ao estabelecer um acordo comercial com o país. Além disso, o cargo chamou atenção por envolver um país que há pouco tempo não tinha relações diplomáticas com o Catar, dono do PSG.
Em junho de 2017, os sauditas, ao lado dos Emirados Árabes, Bahrein, Egito, Líbia, Maldivas e Iêmen acusaram o Catar de apoiar grupos terroristas, como a Irmandade Muçulmana. Incomodava também a estreita relação com o Irã xiita, principal inimigo dos sauditas, e a atuação da emissora “Al Jazeera”, poderosa rede de televisão do governo do Catar e, com folga, a mais influente na região. A crise teve fim com um acordo em janeiro de 2021.
Fonte: Redação do ge / Paris