Prefeitura de Aracaju inicia coleta de amostras para o novo LirAa

Prefeitura de Aracaju inicia coleta de amostras para o novo LirAa
O LIRAa é uma das principais ferramentas que norteia o trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti (Foto: SMS)

A cada dois meses, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) realiza o Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa). Entretanto, por conta da pandemia, a ação esteve suspensa temporariamente e foi retomada nesta segunda-feira, 31, em todos os bairros da capital.

O LIRAa é uma das principais ferramentas que norteia o trabalho de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. O levantamento calcula a presença das larvas do mosquito na cidade, e de acordo com o último, que foi realizado entre os meses de janeiro e março, houve um aumento no índice de 0.9 para 1.6, retirando Aracaju da zona de baixo risco, que vai até 0.9, e colocando a capital no médio risco, que compreende de 1.0 a 3.9.

Atualmente na capital já foram notificados 1.142 casos de dengue, 1.051 chikungunya, e 29 de zika. E os bairros com maior número de notificações são: Olaria, Bugio, Porto D’Antas, Cidade Nova, Santos Dumont, Industrial, Jardim Centenário, Santo Antônio, Santos Dumont, 18 do Forte, Luzia, Suissa, e Getúlio Vargas.

Acesso aos imóveis

Nos últimos dias, os agentes de combate a endemias vêm retornando a acessar os imóveis, ação que estava suspensa por conta da pandemia. Entretanto, com a estabilidade nos índices da doença na cidade, o trabalho vem sendo retomado, inclusive na coleta das amostras para o LIRAa, seguindo todas as medidas sanitárias previstas, fornecendo equipamentos de proteção individual aos agentes e com a devida autorização dos proprietários.

“Faremos a coleta das amostras, simultaneamente em todos os bairros da capital até o dia 4 de setembro. O sistema seleciona os quarteirões do bairro onde os imóveis serão abordados para a visita dos agentes, que vistoriam a residência para detectar a presença de algum foco do mosquito. Entendemos a preocupação de alguns proprietários no acesso aos imóveis, mas reforçamos que os agentes realizam o trabalho com todos os EPIs necessários, e caso a entrada não seja autorizada, é fundamental que se atentem às orientações para evitar a proliferação do mosquito”, declarou a supervisora Edjeane Scarlet.

Com os índices que serão apresentados após a coleta do novo LIRAa, será possível avaliar os resultados das medidas de controle, incluindo também dados referentes aos tipos de recipientes, tornando possível redirecionar e/ou intensificar algumas intervenções, ou ainda, alterar as estratégias de controle que já vem sendo adotadas.

O senhor Raimundo Feitosa é morador do conjunto Orlando Dantas há 30 anos, e não apenas liberou a visita do agente na residência, como foi elogiado pelos cuidados aplicados para evitar a propagação do mosquito.

“Muito importante fazer esse trabalho. Sempre olho as caixas d’água, coloco as telas, porque a gente precisa pensar que se o mosquito se criar, vai atingir primeiro quem está dentro de casa”, afirmou.

A senhora Epunina Sampaio Soares também elogiou a visita e alertou sobre manter a atenção redobrada. “Acho muito válido e é bom que continue sempre, porque a população não tem essa conscientização. Ainda mais nesse período de pandemia, a gente se preocupa com o vírus, mas o mosquito também mata”.

Cronograma

Além dos mutirões (que são realizados três sábados por mês) e das visitas domiciliares, durante a semana, os bairros com maiores índices de infestação também recebem a aplicação de UBV (Fumacê costal).

A aplicação é realizada por duplas de agentes, que atuam entre quatro e sete quarteirões, sempre no horário entre as 17h e 19h, período do dia em que ocorre uma maior movimentação vetorial do mosquito.

As áreas programadas para receber o fumacê costal esta semana são os bairros Palestina, 1º, segunda-feira; Ponto Novo, 2, terça-feira; e Siqueira Campos, 3, quarta-feira.
 

Fonte: SMS