Paraná só vai produzir vacina russa após imunizante passar por todos os testes, garante diretor de instituto

Paraná só vai produzir vacina russa após imunizante passar por todos os testes, garante diretor de instituto
Cientista exibe fracos com doses da vacina russa contra Covid-19 Foto: AFP

O governador do Paraná, Ratinho Júnior, e o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov, oficializaram ontem a parceria para que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida no país europeu seja produzida no estado. O imunizante, batizado de Sputnik V, foi anunciado terça-feira como o primeiro do mundo a ter a comercialização autorizada, mas gerou desconfiança na comunidade científica internacional por ainda não ter passado por todas as etapas de testes necessárias.

O diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná, Jorge Callado, disse que o governo do estado já assinou um memorando de entendimento com o governo russo. Agora, segundo ele, um grupo de trabalho começará as tratativas técnicas para aquisição e a produção da vacina.

— A produção só começará após a aprovação de todos os órgãos regulatórios, como a Anvisa e a Comissão Nacional de Ética e Pesquisa. E, claro, com a consonância da OMS, que é fundamental. Não teremos passos apressados, nem vamos queimar etapas. Vamos seguir todas as etapas técnico-científicas necessárias — garantiu Callado, em coletiva de imprensa.

O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, afirmou ontem que a pasta pretende usar a primeira vacina que se mostrar eficiente e segura contra o novo coronavírus. Segundo ele, o fato de o governo federal ter fechado parceria com o projeto em desenvolvimento pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca não exclui as outras opções:

— Se há 15 opções de vacina, e essas 15 ajudarem o nosso povo, o governo vai atrás das 15. Não há problema nenhum no fato de ter um acordo com um determinado parceiro que nós fechemos acordo com outros. Não há impedimento nesse aspecto.

Fonte: Extra/Globo.com