O que mudou e o que continua igual no primeiro Flamengo de Renato Gaúcho
O Flamengo não jogou bem e as más línguas rubro-negras podem até dizer que mudou pouca coisa em comparação com as três derrotas nas últimas quatro partidas de Rogério Ceni. Mas há diferenças, as propositais e as forçadas pela maneira de jogar do adversário. O Defensa y Justicia quis a bola no campo de ataque, característica das equipes dirigidas por Sebastian Beccacecce. O Flamengo recuou e apostou no contra-ataque.
Não era a lógica com Rogério, que usualmente preferia atacar, embora tenha atrasado a marcação -- ou não conseguido avançá-la -- em partidas recentes, contra o Cuiabá, por exemplo.
Renato não mudou conceitos da equipe, com dar amplitude pela direita com o lateral -- Isla -- e pela esquerda com o ponta -- Michael. O posicionamento só não ficou tão evidente, porque o Flamengo passou muito mais tempo com duas linhas de quatro, defendendo-se. Então, Isla fechava o lado direito, com Gustavo Henrique, Léo Pereira e Filipe Luís.
Também não mudou a marcação por zona com bola rolando. Sem grandes perseguições individuais, como Kannemann costuma fazer no Grêmio. Pode até mudar a médio prazo, mas o primeiro sinal foi de manutenção. Mas as cobranças de escanteio tiveram marcação individual. Os bloqueios do Defensa y Justicia ameaçaram.
O que foi diferente, talvez forçado pelo comportamento do Defensa, foi a ausência de pressão. Dos 21 desarmes da equipe, o Flamengo roubou apenas quatro vezes no ataque. A boa saída de bola do time de Beccacecce empurrava o rubro-negro para trás. Gabi e De Arrascaeta não pressionavam.
Renato sabe bem, porque sentiu na pele, que a melhor versão rubro-negra tem pressão pesada na saída de bola. É a maior característica da equipe apontada há dois anos como a melhor do Brasil. Perder isto, a médio prazo, será mudar na ideia central da equipe.
Fonte: Globoesporte.com