Justiça suspende paralisação dos professores da rede pública estadual

Decisão judicial determinou o pagamento de multa. Sintese diz que não foi notificado

O desembargador José Pereira Neto decidiu, no final da tarde desta segunda-feira (14), suspender a paralisação de três dias anunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação da Rede Oficial de Ensino do Estado de Sergipe (Sintese). A categoria determinou que não haveria aulas a partir desta terça-feira (15) até a próxima quinta (17).

Na decisão, o magistrado analisou que a paralisação desta semana advém do mesmo movimento que gerou outras duas paralisações este ano. Por isso, o desembargador acatou o pedido de suspensão feito pelo Governo do Estado e determinou, em caso de descumprimento, uma multa diária de R$ 150 mil para o sindicato e de R$ 1 mil para o presidente, Roberto Silva. 

Procurado pelo F5 News, o Sintese informou que ainda não foi notificado oficialmente pela decisão judicial. Com isso, os alunos já ficaram sem aulas nesta terça, enquanto a categoria realizou um ato no início da manhã, no Calçadão da João Pessoa, no Centro de Aracaju. Outros atos estão previstos para esta quarta (16) e quinta (17).

Seduc
Através de nota, a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) lamentou o posicionamento do Sintese em realizar nova paralisação, especialmente no período em que os estudantes estão em final de ano letivo e nos momentos que antecedem ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A Secretaria informou que a última reunião com a diretoria do sindicato ocorreu no dia 23 de setembro, onde teria sido reaberta a agenda de diálogos com a categoria neste semestre. Na ocasião, segundo a Seduc, foi marcado um novo encontro para a segunda quinzena de outubro.

"A gestão reforça o compromisso com o magistério sergipano e destaca que desde 2023 vem dialogando com o Sintese, recebendo a direção, debatendo as pautas e atendendo as reivindicações", assegurou a Seduc, através da nota. 

A Secretaria informou ainda que a Rede Estadual de Educação seguirá com todas as escolas abertas, em funcionamento e com aulas normais. As gestões escolares, professores, merendeiras, vigilantes e os estudantes monitores garantirão o acolhimento, a alimentação escolar, o transporte e a segurança de todos os alunos de educação na capital e em todos os municípios, de forma a não causar transtornos. 

Fonte: F5 News