Jesualdo admite dificuldade para "se virar" em crise do Santos e analisa empate na Vila
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A crise financeira faz o Santos admitir vender um de seus principais jogadores: o zagueiro Lucas Veríssimo. Na mira do Benfica, de Portugal, que sinaliza com uma proposta de 6 milhões de euros (cerca de R$ 35 milhões), o defensor pode ajudar o Peixe a aliviar os problemas, mas daria dor de cabeça a Jesualdo Ferreira.
O técnico, porém, admite: não se pode ter tudo. Jesualdo Ferreira, depois do empate do Santos em 1 a 1 com o Santo André, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro, disse que não é simples lidar com os problemas financeiros e a necessidade de manter o elenco forte.
– Não se pode fazer tudo ao mesmo tempo. Jogador e dinheiro. Santos vai cuidar desse assunto. Mas não é fácil se virar, não – disse Jesualdo Ferreira.Nesta semana, o goleiro Everson e o atacante Eduardo Sasha foram à Justiça para tentar rescindir com o Santos por causa de atraso salarial. Além disso, a diretoria ainda busca um acordo com os jogadores depois da redução de 70% dos salários durante a pandemia do novo coronavírus. Por isso, a venda de Lucas Veríssimo é vista com bons olhos internamente.
O técnico do Santos também comentou o empate em 1 a 1 com o Santo André, que marcou o retorno da equipe ao Campeonato Paulista. Jesualdo lamentou a expulsão de Sánchez, ainda no primeiro tempo, mas elogiou a postura do Peixe.
– Até a expulsão, não discutiram o jogo, só se defenderam. Depois da expulsão, as coisas foram mais difíceis, ainda mais no primeiro jogo depois da pausa. Conseguimos manter o ritmo na segunda etapa, só que sem a fluência esperada. E me pareceu um pouco exagerada (a expulsão do Sánchez). Era um lance sem muita importância. Foram apenas duas faltas.
O Santos tem 16 pontos e é o líder do Grupo A do Campeonato Paulista. A equipe volta a campo no domingo, para enfrentar o Novorizontino, às 16h, na Arena Corinthians.
Confira outros trechos da entrevista do técnico do Santos:
Volta de Marinho
– O Marinho teve uma lesão grave. São seis ou sete meses sem jogar e precisa ir gradativamente para o jogo para garantir segurança física e estabilidade emocional.
Volta ao futebol
– Não precisamos achar que tudo foi bom no primeiro jogo. Digo que nada vai ser como antes. Recuperar estilo e hábitos. Bom não esquecer que jogamos contra a equipe com mais pontos. Santo André é uma boa equipe.
Saída de jogadores na Justiça
– Cada pessoa é livre para tomar suas responsabilidades. A única coisa que fizemos foi falar de união, dizer que muito da carreira dos jogadores está em jogo. Falamos do projeto Santos, Santos sempre foi muito mais importante que essas reuniões.
Expulsão de Sánchez
– Foram dois momentos diferentes, mas dois momentos de importância no jogo e provavelmente nos resultados. Hoje, particularmente, o árbitro foi exigente na forma como mostrou segundo cartão amarelo. Seria difícil para qualquer equipe jogar com um a menos por quase uma hora. Ele sabe disso. Foi exigente. Eu jamais daria o segundo cartão amarelo. Não houve nada durante o jogo que desse origem a isso. Cumpriu a lei, mas na minha opinião o bom senso é importante.
Bola parada
– Bola parada é arma muito forte. Santo André é muito forte nas bolas paradas. Fizeram dois ou gols três por baixo e o resto por bola parada. Foi mais infelicidade nossa que mérito deles. Bola bate na trave e rebote foi praticamente de quem cabeceou. Vamos ter atenção, continuar trabalhando. Até o jogo contra o São Paulo tínhamos sofrido um. E jogamos com 10.
Fonte: GloboEsporte.com