Famílias da ocupação das Mangabeiras cobram auxílio moradia no Cras

Famílias da ocupação das Mangabeiras cobram auxílio moradia no Cras
(Foto: Movimento da Ocupação das Mangabeiras)

Mais de 200 famílias da ocupação Mangabeiras, no Bairro Santa Maria, estiveram nesta quarta-feira, 8, no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do 17 de Março para reivindicar o auxílio moradia.

Segundo os manifestantes, eles estão para serem despejados do local pelo Município de Aracaju sem a concessão do aluguel social e também não estão inclusos no programa de habitação popular.

De acordo com a líder do movimento das famílias não cadastradas, Ane Priscila Neves, algumas pessoas que não foram cadastradas são pessoas sem qualquer assistência do poder público. “Nós viemos reivindicar o cadastro para a moradia porque nós seremos despejados e vamos ficar na rua. Algumas pessoas que estão na ocupação são doentes e sem auxílio. Se não der ao auxílio que ao menos nos doem um terreno para morar”, reivindica Ane.

O defensor público e diretor do Núcleo de Bairros, Alfredo Nikolaus, está acompanhando a situação das famílias e informa que já recebeu diversas reclamações dos ocupantes que não foram contemplados com o auxílio. A defensoria acionou o serviço social da instituição para avaliar a situação dessas famílias e quais medidas cabíveis serão tomadas. Ainda de acordo com o defensor a prefeitura não deveria realizar a desocupação neste momento já que a prefeitura emitiu um decreto de isolamento social e muitas famílias irão permanecer nas ruas.

Assistência Social

O Portal Infonet entrou em contato com a assessoria de comunicação da Assistência Social do município de Aracaju que esclareceu que, em abril do ano passado, a prefeitura realizou o cadastro de todas as pessoas que se encontravam na ocupação, totalizando 836 famílias e que o Programa Pro-Moradia irá destinar habitação para essas famílias cadastradas e futuramente para as demais 266 famílias que estão a mais tempo no auxílio moradia.

Ainda segundo a Secretaria, algumas famílias chegaram na ocupação após o cadastramento e que algumas já possuem residência ou são de famílias que já foram beneficiadas de outra invasão.

A prefeitura pretende realizar o cadastro de todas as famílias onde vai verificar a demanda de cada família com cruzamento de dados para que possa ser inseridas em outros programas sociais.

Fonte: Aisla Vasconcelos/Infonet