Família pede justiça após morte de motorista de aplicativo em Aracaju
A manhã do último sábado (30) começou com uma notícia chocante para a família de Gidenal Batista, de 44 anos, encontrado morto dentro do seu veículo em um areal no bairro Coroa do Meio, zona sul de Aracaju. O homem tinha uma perfuração na cabeça por disparo de arma de fogo.
Gidenal era motorista de aplicativos e estava trabalhando quando acabou assassinado. Djenal, irmão da vítima, disse que foi comunicado pela polícia. "Eles descobriram a minha casa porque no carro estava um papel de uns exames que meu irmão tinha marcado e lá estava nosso endereço", explicou. Gidenal foi morto com um tiro na cabeça enquanto trabalhava
O crime foi uma surpresa para todos, pois nunca havia acontecido nenhum incidente com ele. "Meu irmão não se envolvia em problemas, não mexia com drogas. Era super família. Ficamos em choque quando soubemos. Até agora tem sido difícil. Para nós, é praticamente a mesma dor que ele sentiu", lamentou Djenal.
Gidenal morava com o irmão, a cunhada e com uma outra irmã. Rodava em aplicativos há cerca de um ano. Antes, com um carro alugado e, há poucos meses, com um veículo próprio que conseguiu através de muito trabalho. Estava cursando a faculdade de direito e se dedicando bastante aos estudos.
O irmão da vítima conta que ele não costumava rodar nas primeiras horas do dia, mas como o mês de dezembro estava tendo muito movimento, resolveu trabalhar mais cedo. "A gente acha que ele saiu por volta das 5h da manhã. Ele estava se dedicando muito e não vimos a hora que ele saiu", afirmou.
Os criminosos levaram dois celulares da vítima. A carteira não foi furtada, pois Gidenal costumava guardá-la em local mais escondido. O veículo também não foi roubado, mas suspeita-se de uma tentativa. "Encontraram o carro bastante atolado. Achamos que eles tentaram levar, mas não conseguiram", disse Djenal.
Investigação
Em nota enviada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), a Polícia Civil informa que já deu início às investigações sobre o crime, através do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que instaurou inquérito policial.
A secretaria afirma que os investigadores já iniciaram diligências e começaram a ouvir testemunhas. A Polícia Civil solicita que informações e denúncias que possam levar à identificação da autoria do crime sejam repassadas ao Disque-Denúncia (181). O sigilo é garantido.
Para Djenal, o importante é saber o que houve com seu irmão na manhã daquele sábado. "Eu sei que meu irmão não vai voltar, mas isso ajuda bastante. Saber a motivação do por que que isso aconteceu. Ele não merecia isso não", afirmou.
"Nenhuma hipótese passa pela nossa cabeça. Todo mundo está muito surpreso ainda com o que houve. É um crime que na verdade parece uma execução, por causa do tiro na cabeça. Estamos pedindo informações aos amigos, buscando mais informações. Mas todos estão muito surpresos", completou Djenal.
Fonte: F5 NEWS