Estações sismográficas são instaladas para acompanhar abalos sísmicos
Sergipe passa a ter quatro estações sismográficas para estudar os abalos sísmicos registrados no estado. Nesta quarta-feira (25), a Defesa Civil Estadual está acompanhando uma equipe do Centro de Ciências Exatas e da Terra, do Departamento de Geofísica Laboratório Sismológico (LabSis), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que vem desenvolvendo estudos e acompanhando os casos registrados em Sergipe desde o início do mês de outubro. O monitoramento está sendo realizado no município de Canhoba e na região do Território do Baixo São Francisco, que apresentaram mais de 300 tremores de terras no período.
Segundo o representante do LabSis/UFRN, Eduardo Alexandre Santos de Menezes, esse trabalho tem como finalidade fazer estudos e acompanhamento da atual atividade sísmica que vem sendo registrada no município de Canhoba e na região. “Desde o mês de outubro de 2020, a região de Canhoba vem registrando tremores de terra que estão apresentando uma magnitude de 2,3 pontos na escala Richter. O Laboratório Sismológico da UFRN tem acompanhado aquela região há quatro anos e já mantém uma estação sismográfica para o monitoramento desde o ano de 2016, localizada na Fazenda Mangueira, em Canhoba, mas vamos ampliar para outros municípios”, relata.
Os diversos registros de tremores de baixa intensidade, como alguns sentidos pela população da região, e o aumento da sismicidade despertaram um interesse ainda maior do LabSis, que está disponibilizando pessoal técnico e quatro estações sismográficas que serão instaladas para o estudo local. Além do município de Canhoba, Amparo do São Francisco, Propriá e Telha, todos na mesma região, receberão um equipamento de monitoramento sismográfico.
O diretor do Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil (Depec), tenente-coronel Luciano Queiroz, conta que a Defesa Civil do Estado vai dar suporte para a instalação das quatro estações de última geração para captação de tremores de terra no estado. “Essa instalação, aqui em Sergipe, é importante para que possamos monitorar mais de perto os tremores de terra que vêm sendo registrados no nosso estado. Foram mais de 300, só no mês de outubro, o mais forte deles atingiu 2,3 pontos na escala Richter e precisamos estar alertas, porque quando um tremor atinge os 4 pontos na escala, pode causar danos nas estruturas das edificações. É preciso ter esse monitoramento em tempo real para que possamos alertar a população através de comunicados e avisos para que ninguém seja pego de surpresa”, explica.
A população que quiser ter acesso aos alertas emitidos pela Defesa Civil do Estado pode se cadastrar pelo serviço de telefonia móvel, enviando um SMS para o número 40199 e no corpo da mensagem colocar o CEP da localidade onde mora. A partir daí as informações do Centro de Meteorologia de Sergipe (CPTEC) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), relativas às possibilidades de inundações, alagamentos, temporais, deslizamento de terra e situações similares. Com a pandemia atingindo todo o país, foi acrescentado o serviço de orientações à população, de como ela deve proceder nas mais diversas situações com relação à Covid-19.
Fonte: Agência Sergipe de Notícias