Está na hora de deixar de usar máscara em Sergipe? veja opinião de especialistas

Está na hora de deixar de usar máscara em Sergipe? veja opinião de especialistas
Will Rodriguez/Arquivo F5News

O governo de Sergipe sinalizou a intenção de flexibilizar o uso da máscara facial de proteção contra covid-19. A obrigatoriedade do equipamento está em vigor desde agosto de 2020, tendo se mostrado eficiente dentre as estratégias de controle da pandemia.

Em função do índice de cobertura vacinal (83,98% com D1) e de haver municípios com baixo risco para a doença, com baixas taxas de internações e de ocupação de UTI, o uso do equipamento de proteção individual tende a se tornar facultativo, se a revogação da Lei for aprovada pela Assembleia Legislativa.

Outro argumento que tem sido considerado é o de que as festas de carnaval não teriam provocado um aumento considerável no número de novos casos, bem como de hospitalizações, o que indicaria uma desaceleração da variante ômicron.

A infectologista Mariela Cometki Assis cita que Sergipe possui mais de 72% da população com esquema vacinal completo, porcentagem próxima a que outros estados usaram como critério para adotar a liberação, mas esse não é o único aspecto a ser analisado. 

“Sem dúvidas, a Secretaria da Saúde já fez a redução do número de leitos porque a demanda reduziu. No pronto-socorro, a procura também está menor. O vírus ainda está circulando, mas se  a gente for considerar um momento mais favorável é o que a gente vive”, afirmou em entrevista à TV Sergipe, acrescentando que “o que a população precisa ficar atenta é que a flexibilização não significa que a máscara não poderá mais ser usada se a pessoa sentir-se mais protegida com ela”.

De acordo com a médica infectologista Raquel Stucchi, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia, algumas pessoas têm maior risco de adoecimento mais grave pela covid-19 e, logo, devem manter os cuidados de proteção mesmo com a eventual flexibilização.

Ela destaca quatro grupos principais: não-vacinados, aqueles com esquema vacinal incompleto (sem 3ª dose), idosos e imunossuprimidos, estes dois últimos mesmo tendo a vacinação completa. 

"Elas devem sempre usar, mesmo ao ar livre quando houver aglomeração, como em um ponto de ônibus. Se for andar sozinha, pode ir sem máscara. Mas se encontrar pessoas pelo caminho, deve usar a máscara pelo risco de adoecimento mais grave", orientou a médica, em entrevista ao Estadão.

As medidas podem ser revistas caso haja mudança no cenário epidemiológico e dependem de regulamentação do Comitê Técnico Científico, que fará a orientação das regras.
 
Ao menos seis Estados já tornaram facultativo o protetor facial contra a covid-19. Países como Reino Unido e Estados Unidos também passaram a liberar o uso de máscaras em espaços abertos.

Fonte: F5News