Banese e SergipeTec ofertam cursos para alunos da rede pública
O Banese e o SergipeTec uniram-se, por meio de uma parceria, para capacitar 70 estudantes de escolas públicas da rede estadual de ensino na área de desenvolvimento de softwares e aplicativos (apps) para smartphones. O projeto foi lançado na tarde desta quarta-feira, 08, no auditório do Museu da Gente Sergipana Gov. Marcelo Déda, e contou com a presença dos diretores das duas instituições e dos estudantes beneficiados pela ação.
A iniciativa, realizada através do Instituto Banese, faz parte do InovarSE, um programa do Grupo Banese voltado para conectar e fomentar o ecossistema de inovação na área de Tecnologia da Informação (TI) nas empresas do banco e no estado de Sergipe. Os participantes contemplados têm entre 15 e 19 anos de idade, e estão matriculados no Ensino Médio das escolas estaduais Armindo Guaraná, Deputado Elísio Carmelo, Professora Glorita Portugal e Hamilton Alves, localizadas em São Cristóvão; e nas unidades Tobias Barreto, Jackson de Figueiredo e Nelson Mandela, localizadas em Aracaju.
Os jovens terão cursos de curta duração sobre Inteligência Artificial, linguagens de programação, aprendizagem de máquina (machine learning) e aprendizado profundo (deep learning). Também serão realizadas capacitações na área de Gestão e Inovação, que engloba formação em metodologias ativas, design thinking, criação de Mínimo Produto Viável – MVP, modelagem de negócios e realização de pitchs, que são apresentações curtas para a venda de ideias e projetos.
O objetivo da parceria é qualificar os jovens para atuarem na área de TI, e ainda, no desenvolvimento de projetos de startups tecnológicas, que possam, inclusive, atender às necessidades do banco e demais empresas do Grupo. Nos últimos anos, principalmente em virtude das mudanças comportamentais impostas pela pandemia de Covid-19, a demanda por profissionais da área de TI aumentou significativamente.
“Entramos em contato com escolas públicas, que nos enviaram uma lista com os nomes dos alunos que mais se destacaram nas disciplinas de exatas do ano letivo anterior. Do total de participantes do projeto, 70% são mulheres”, informa o Gestor de Projetos Sociais do SergipeTec e um dos coordenadores da ação, Vitor Hugo Vaz. A Vice-governadora Eliane Aquino, que também esteve presente no evento, reforça o quanto é relevante promover o acesso à tecnologia e inovação.
“O que queremos é fazer com essa cadeia de tecnologia e inovação, através do nosso Banco Banese, inclua cada vez mais nossos estudantes da rede estadual. Hoje, nós temos muitos alunos que já estão montando suas startups, trabalham e ganham dinheiro com isso, mas ainda é preciso fomentar esse tipo de iniciativa, porque todo o país precisa fazer parte desse desenvolvimento gerado pela tecnologia”, declara Eliane Aquino.
Fomentar a inovação e gerar empregos
O diretor de Gestão Estratégica e Tecnologia do Banese, Luciano Passos, explica que a iniciativa foi criada para gerar oportunidades, formando jovens líderes para atuar no que há de mais moderno na área de TI, e criando incentivos para que se desenvolvam e se unam para criar soluções e startups que vão gerar novos empregos e conectar, ainda mais, Sergipe com o ecossistema de inovação nacional e internacional.
“Aqui no banco, trabalhamos com o modelo de inovação aberta, o que significa acreditar que as melhores propostas inovadoras são frutos de parcerias, e de uma boa teia de relacionamentos para crescimento conjunto. Esse processo não é feito por uma única empresa, e esta é a forma de trabalho das principais corporações do mundo. Por isso, de forma pioneira em Sergipe, o InovarSE conta com um conjunto de ações e atua em rede para articular e potencializar o surgimento de novos negócios de ponta”, destaca.
Para o diretor de Crédito e Serviços do Banese, Ademario Alves de Jesus, a parceria com o SergipeTec está em sintonia com a missão do banco, que é de ser agente promotor do desenvolvimento socioeconômico e cultural do estado, e das potencialidades dos sergipanos. Ele destacou que durante o processo de criação do Desty, o banco digital do Grupo Banese, que chegará ao mercado no segundo semestre de 2022, ficou ainda mais evidente a necessidade de mais profissionais da área de TI.
“Enquanto instituição financeira, que tem no planejamento estratégico a ampliação da nossa cultura e presença digitais, também sentimos ‘na pele’ os efeitos dessa escassez, tanto que fizemos, recentemente, concurso público com vagas exclusivas para profissionais da área. E se podemos ajudar a melhorar esse cenário, inclusive com a expectativa de geração de mais emprego, claro que apoiaríamos a iniciativa. Quem sabe dele não saia uma ou algumas startups que venham a ser parcerias do banco?”, declara Ademario Alves.
Projetos inovadores receberão auxílio
Ao final do período de aprendizagem, que será de aproximadamente um ano, os jovens apresentarão projetos contendo propostas de negócios inovadoras, e os cinco selecionados para a etapa final receberão auxílio no valor de R$ 10 mil. Para definir o caráter inovador do projeto, os avaliadores utilizarão o conceito de Radar da Inovação, ferramenta que desde 2006 utiliza 12 dimensões pelas quais uma empresa pode buscar caminhos para inovar.
As aulas do projeto serão ministradas nos laboratórios do SergipeTec. Os alunos não selecionados nesta fase serão avaliados por empresas da área de Tecnologia para estágio.
Entusiasmo e novas perspectivas
Para o presidente do Sergipe Parque Tecnológico, Eduardo Prado, a parceria com o Banese é muito importante porque o SergipeTec se lança no processo de educação de inovação. “Essa iniciativa é muito importante para mim e para o nosso parque tecnológico, porque é a primeira vez que estamos fazendo um processo que eu chamo de educação de inovação. Estamos implantando com alunos do Ensino Médio e trazendo tecnologia de alto impacto com toda base de Inteligência Artificial. Fico muito feliz com o fato de o parque estar associado ao Banese nesse empreendimento”, comenta Eduardo Prado.
E quem demonstrou entusiasmo com a nova jornada foi a estudante Beatriz Leite da Conceição, 16 anos, 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Profª Glorita Portugal. “A professora de matemática me apresentou a oportunidade. Eu nunca pensei que ia fazer Iniciação Científica, mas adorei a experiência, tanto no conhecimento, quanto no método de aprendizagem. Espero ter mais conhecimento para desenvolver minhas capacidades”, conta Beatriz.
O mesmo sentimento foi demonstrado por Emerson Tiago, 16 anos, estudante do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Deputado Elísio Carmelo. “Adoro estar no ambiente escolar, ainda mais quando as atividades são práticas. Vou aplicar muito esse aprendizado na minha vida profissional, na construção da minha carreira e na minha vida pessoal também. A palavra que pode definir esse momento é gratidão”, finaliza.
Fonte: Ascom/Grupo Banese