Após 40 dias, SE ainda não conseguiu reaver dinheiro de respiradores

Após 40 dias, SE ainda não conseguiu reaver dinheiro de respiradores
Respiradores foram pagos, mas nunca recebidos. Estados tentam recuperar dinheiro (Foto: Ascom/SES)

Os cofres sergipanos ainda não viram a cor do dinheiro aplicado na tentativa de compra conjunta, via Consórcio Nordeste, de ventiladores pulmonares para reforçar leitos no enfrentamento à Covid-19. A compra foi cancelada porque a empresa que faria o fornecimento dos ventiladores não cumpriu os prazos e o caso foi parar na Polícia. Todos os nove estados nordestinos haviam efetuados pagamentos antecipados e estão enfrentando dificuldades para conseguir recuperar os recursos.

Para Sergipe, o valor total da compra era de R$ 7,9 milhões de reais. Desse montante, pelo menos 50% foi pago de forma antecipada. Após 40 dias de calote, o Governo do Estado informou que ainda não há novidades no processo de devolução de dinheiro. A Procuradoria Geral do Estado disse que está habilitada no processo para acompanhar o desenrolar das investigações da Polícia Civil da Bahia sobre o caso, inclusive no que diz respeito a devolução dos recursos dos estados.

O pagamento pelos produtos que nunca chegaram é alvo de apuração de diversos órgãos. O Ministério Público Federal (MPF) afirmou, em nota, que está fiscalizando a aplicação de recursos no combate à Covid em conjunto com a PF e CGU desde o início da Pandemia, inclusive a compra de respiradores. Os recursos mais significativos estão sendo acompanhados de perto”, pontuou. O órgão disse que não vai revelar mais detalhes dos procedimentos para preservar as investigações.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) também informou no mês passado que vai acompanhar o processo de devolução do recurso. No Poder Legislativo, deputados de bancada de oposição ao Governo levantaram questionamentos sobre a aplicação dos recursos e solicitou informações sobre o Consórcio Nordeste.

Os respiradores mecânicos são instrumentos fundamentais para pacientes com sintomas graves da Covid-19, que necessitam de leitos de UTI e respiração artificial até que apresentem melhora do quadro de saúde.

Fonte: Ícaro Novaes/Infonet