UFMG inicia testes de vacina da Johnson na próxima semana e buscas voluntários

UFMG inicia testes de vacina da Johnson na próxima semana e buscas voluntários
Mais de 160 vacinas estão sendo desenvolvidas em todo o mundo, segundo a OMS Mulher segura frasco com a inscrição "Vacina Covid-19" em foto do dia 10 de abril de 2020 — Foto: Dado Ruvic / Reuters

A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) começa na próxima semana os testes com a vacina desenvolvida pelo grupo Johnson & Johnson contra a Covid-19.

Os voluntários devem ter mais de 18 anos, mas, diferentemente dos testes feitos pela universidade com a vacina desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac Biotec, os interessados não precisam ser profissionais da área da saúde.

Esse estudo faz parte da fase 3 da vacina, conhecida como Ad26.COV2.S e feita pela farmacêutica Janssen Pharmaceuticals, que pertence ao grupo Johnson & Johnson.

Resultados preliminares e parciais apontam que ela é segura e induziu resposta imune mesmo após uma única aplicação.

Ela utiliza como vetor um adenovírus humano, sem capacidade de replicação, onde se insere o material genético do SARS-CoV-2. De acordo com a Faculdade de Medicina, a vacina é “muito promissora pela potência imunogênica, já que foi estabelecido que uma única dose é suficiente”.

Voluntários

A UFMG será responsável pelo teste em até 2 mil voluntários. Para participar, é preciso preencher um formulário online de pré-triagem e responder sobre a disponibilidade de comparecer ao Hospital das Clínicas da UFMG, onde será feita a aplicação da vacina.

O candidato deve ter mais de 18 anos, mas não há limite de idade. Apesar de a ocupação profissional não ser um critério de seleção, terão prioridade os candidatos com risco de infecção pelo vírus e que reflitam, o máximo possível, a diversidade de um cenário real da população de acordo com a faixa etária, questões sociais, étnicas e de gênero.

Os voluntários serão divididos de acordo com as etapas da pesquisa. Inicialmente, a vacina será testada em pessoas sem doenças prévias, em grupos com menos ou mais de 60 anos.

Na segunda etapa, a divisão etária permanecerá, mas com pessoas com alguma comorbidade.

Também haverá um grupo comparador, ou seja, os participantes serão divididos por sorteio entre aqueles que recebem placebo e os que recebem a vacina.

Todos os voluntários serão acompanhados por 24 meses e, após a confirmação da eficácia da vacina, os voluntários que receberam o placebo serão prioritários na distribuição da vacina.

Fonte: G1 Minas — Belo Horizonte