Vírus ainda circula com grande força em Sergipe, aponta pesquisador

Vírus ainda circula com grande força em Sergipe, aponta pesquisador

Sergipe teve 437 novos casos confirmados de covid-19 na última sexta-feira (12), o que contribui para o acumulado de 143.837 casos da doença no estado. De acordo com o farmacêutico e professor de Imunologia Clínica da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Lysandro Borges,  coordenador da Força Tarefa Covid-19, no dia 21 de fevereiro o estado terá em torno de 148.462 mil casos acumulados, o que significa a confirmação de cerca de 4.625 testes positivos nos próximos oito dias. 

O número foi observado pelas equipes do projeto Coalizão Covid Brasil, que conta com quatro universidades e quatro painéis que analisam o país e o estado de Sergipe, em parceria com a Força Tarefa Covid-19. Segundo o professor, o vírus ainda circula com grande força em território sergipano e a população deve continuar atenta aos cuidados e medidas sanitárias de prevenção. 

“Em relação ao índice de reprodução do vírus, que avalia o quanto uma pessoa pode contaminar outra, encontra-se entre 0.9 e 1.1, o que indica que o vírus ainda está em forte circulação em Sergipe. E há um sinal de alerta, mesmo que outros painéis apontem o valor em queda em 23 dias, com índice de 0,84, há uma variação estatística desses dados. Há uma observação pontual que a população está menosprezando o uso da máscara, estão se aglomerando e descuidando, principalmente agora acende a luz de alerta para o período de carnaval”, avalia Borges. 

Ainda segundo ele, o número de mortes por covid apresenta queda entre janeiro e fevereiro, já que no dia 22 do mês passado a média era de 13 mortes por dia pela doença, e no dia 22 de fevereiro poderá ser observada a média de 8.8. “Mas isso não significa que o vírus não está circulando. O que significa é que as equipes de saúde estão fazendo sua parte, recuperando vidas dos pacientes com covid-19. Não é momento de relaxar”, alerta. 

Recentemente, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), norte americano, divulgou recomendação para que as pessoas usem máscaras cirúrgicas embaixo da máscara de pano. Segundo o professor Lysandro, a orientação foi repassada diante do alto nível de transmissibilidade das novas variantes do vírus. 

“As novas cepas são mais infectivas e podem atravessar as máscaras de pano com mais facilidade. É interessante que a população atente às recomendações e use máscaras, álcool gel e mantenha o distanciamento”, reforça. 

Vacinação 

Enquanto o vírus ainda circula no Brasil, com novas variantes, a vacinação segue em ritmo lento no país. Conforme apontado por Lysandro, o Brasil ocupa a quadragésima posição na vacinação no mundo,  

"A cada 10 pessoas, somente 0,4 receberam a vacina. O Brasil está muito aquém da vacinação que precisa ser de 148 milhões de pessoas para atingir a imunidade de rebanho, estamos longe disso", diz o pesquisador.

Fonte: F5News